Economia

IGP-M alivia disputa entre indústria e comércio

Mas equipamentos de imagem e som devem passar por reajustes em breve, graças a um salto inflacionário das matérias plásticas, com alta de 8,17% em setembro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

A queda-de-braço entre indústria e comércio em torno do repasse de preços pode ter um alívio com o recuo da inflação no atacado anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A inflação apurada pelo IGP-M foi de 0,69% em setembro, abaixo das menores expectativas de mercado (de 0,91%) e do resultado de agosto (1,22%). Um dos componentes do IGP-M, o Índice de Preços no Atacado (IPA), registrou menor pressão dos preços industriais e deflação dos agrícolas.

O ritmo de remarcação para cima dos preços dos produtos industriais foi de 1,38% em setembro, ante 1,77% em agosto. No caso dos produtos agrícolas, ocorreu deflação de 0,41%, ante 0,48% de inflação no mês passado.

Mas há uma exceção importante neste movimento geral de arrefecimento inflacionário, apontada pela consultoria GlobalStation em boletim divulgado nesta quarta-feira (29/9). Os bens de linha marrom, como televisores e aparelhos de som, devem sofrer reajustes de preços em breve, porque houve inflação de 8,17% em matérias plásticas neste mês, contra 0,97% em agosto, e de 4,95% no caso de componentes plásticos (leia reportagem da revista EXAME sobre a guerra silenciosa entre fornecedores e comerciantes). São as duas maiores alta de preços que compõem o IPA.

A inflação para o consumidor medida pelo IGP-M ficou em 0,15%, com recuos em alimentação (-0,46%) e depesas pessoais (-0,26%). Em agosto, o IPC havia chegado a 0,80%. O índice nacional de custo da construção marcou 0,67% neste mês, contra 0,90% no mês passado.

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