Economia

Ignorar OMC pode levar a guerra comercial, diz China a Trump

Afirmação foi feita depois de a Administração de Trump assinalar que poderia evitar decisões da organização que afetem a soberania americana

OMC: o país garantiu que "defenderá a autoridade" da organização (Fabrice Coffrini/AFP)

OMC: o país garantiu que "defenderá a autoridade" da organização (Fabrice Coffrini/AFP)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2017 às 13h12.

Última atualização em 9 de março de 2017 às 13h13.

Pequim - Ignorar as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC) pode levar a uma "guerra comercial", advertiu nesta quinta-feira o governo da China, depois que a Administração de Donald Trump assinalou que poderia evitar algumas decisões desta organização caso afetem a soberania americana.

O porta-voz do Ministério de Comércio chinês, Sun Jiwen, considerou que "se os membros da OMC ignoram as normas da organização para seu próprio benefício e se recusa a implementar as decisões tomadas sobre disputas", poderia se repetir a guerra comercial dos anos 30.

Em entrevista coletiva, Jiwen manifestou o "firme" apoio da China a esta organização e garantiu que "defenderá sua autoridade".

O porta-voz, além disso, pediu aos principais membros da OMC que cumpram com as normativas desta organização e com suas obrigações.

Suas declarações acontecem pouco depois de o Escritório do Representante Especial de Comércio dos EUA afirmar em seu relatório anual que o objetivo do governo de Trump é "defender a soberania nacional dos EUA acima da política comercial".

"É importante lembrar também que o Congresso deixou claro que os americanos não estão sujeitos diretamente às decisões da OMC", ressaltou o documento divulgado na semana passada.

E acrescentou: "É hora de uma nova política comercial que defenda a soberania americana".

Economistas e políticos de diferentes partes do mundo consideram que as políticas protecionistas do presidente Donald Trump poderiam levar a uma guerra comercial internacional e o responsável da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, alertou que uma batalha comercial entre China e EUA seria um desastre de "dimensões desconhecidas".

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