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IBGE: setor de serviços sofre menos com crise em 2009

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país e elas sofreram menos comparando com o ano de 2008

As empresas do segmento de "serviços prestados principalmente às famílias" foram mais numerosas, somando 288.286 unidades (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 11h34.

Rio de Janeiro - O setor de serviços, por sua dependência do mercado interno, sofreu menos durante a eclosão da crise econômica mundial do que o setor industrial, segundo a Pesquisa Anual de Serviços, referente a 2009, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O ano de 2009 é especial, porque ainda temos os reflexos da crise. Mas o Brasil se recuperou bem e o setor de serviços tem um papel nesse desempenho, por ter sua produção basicamente voltada para o mercado interno", afirmou o economista Guilherme Telles, analista do IBGE.

Telles contou que a receita operacional líquida do setor de serviços cresceu 10,9% em 2009 ante 2008, mostrando ainda vigor, mesmo em plena crise. O crescimento em 2008 ante 2007 foi maior, de 18%. "A variação na receita nominal não foi tão grande quanto a registrada em 2008, mas ainda assim é significativa frente aos outros setores da economia brasileira", disse o analista do IBGE.

Em 2009, o IBGE estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país. O levantamento levou em conta apenas as empresas de serviços que não são financeiras. A receita operacional líquida - diferença entre a receita bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas - foi de R$ 745,4 bilhões, enquanto o valor adicionado - o valor bruto da produção menos o consumo intermediário - foi de R$ 418,1 bilhões. As empresas de serviços ocuparam 9,7 milhões de pessoas no ano do levantamento e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. "Os números mostram a magnitude desse segmento", ressaltou Telles.

No entanto, uma pequena fatia delas, as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 5,5% do total, foi responsável pela maior parte da receita, empregos e remunerações. Ao todo, essas empresas, 50,6 mil, representaram 78,7% da receita operacional líquida (R$ 586,3 bilhões), 75,2% do valor adicionado, 65,8% do pessoal ocupado e 77,4% dos salários, retiradas e outras remunerações.

As empresas do segmento de "serviços prestados principalmente às famílias" foram mais numerosas, somando 288.286 unidades, ou 31,4% do total das companhias de serviços. Entretanto, as empresas de "serviços profissionais, administrativos e complementares" responderam por 3,89 milhões de pessoas ocupadas, 40,2% do total. Essas companhias também pagaram R$ 49,3 bilhões em remunerações, ou 34,3% da massa salarial, e R$ 133,5 bilhões de valor adicionado do setor de serviços, ou 31,9% do total.

A receita operacional líquida das atividades imobiliárias registrou o maior crescimento em 2009, de 23,8%, seguida pela dos serviços prestados às famílias, que subiu 21,2%.

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Rio de Janeiro - O setor de serviços, por sua dependência do mercado interno, sofreu menos durante a eclosão da crise econômica mundial do que o setor industrial, segundo a Pesquisa Anual de Serviços, referente a 2009, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O ano de 2009 é especial, porque ainda temos os reflexos da crise. Mas o Brasil se recuperou bem e o setor de serviços tem um papel nesse desempenho, por ter sua produção basicamente voltada para o mercado interno", afirmou o economista Guilherme Telles, analista do IBGE.

Telles contou que a receita operacional líquida do setor de serviços cresceu 10,9% em 2009 ante 2008, mostrando ainda vigor, mesmo em plena crise. O crescimento em 2008 ante 2007 foi maior, de 18%. "A variação na receita nominal não foi tão grande quanto a registrada em 2008, mas ainda assim é significativa frente aos outros setores da economia brasileira", disse o analista do IBGE.

Em 2009, o IBGE estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país. O levantamento levou em conta apenas as empresas de serviços que não são financeiras. A receita operacional líquida - diferença entre a receita bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas - foi de R$ 745,4 bilhões, enquanto o valor adicionado - o valor bruto da produção menos o consumo intermediário - foi de R$ 418,1 bilhões. As empresas de serviços ocuparam 9,7 milhões de pessoas no ano do levantamento e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. "Os números mostram a magnitude desse segmento", ressaltou Telles.

No entanto, uma pequena fatia delas, as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 5,5% do total, foi responsável pela maior parte da receita, empregos e remunerações. Ao todo, essas empresas, 50,6 mil, representaram 78,7% da receita operacional líquida (R$ 586,3 bilhões), 75,2% do valor adicionado, 65,8% do pessoal ocupado e 77,4% dos salários, retiradas e outras remunerações.

As empresas do segmento de "serviços prestados principalmente às famílias" foram mais numerosas, somando 288.286 unidades, ou 31,4% do total das companhias de serviços. Entretanto, as empresas de "serviços profissionais, administrativos e complementares" responderam por 3,89 milhões de pessoas ocupadas, 40,2% do total. Essas companhias também pagaram R$ 49,3 bilhões em remunerações, ou 34,3% da massa salarial, e R$ 133,5 bilhões de valor adicionado do setor de serviços, ou 31,9% do total.

A receita operacional líquida das atividades imobiliárias registrou o maior crescimento em 2009, de 23,8%, seguida pela dos serviços prestados às famílias, que subiu 21,2%.

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