IBGE: setor de serviços sofre menos com crise em 2009
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país e elas sofreram menos comparando com o ano de 2008
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2011 às 11h34.
Rio de Janeiro - O setor de serviços, por sua dependência do mercado interno, sofreu menos durante a eclosão da crise econômica mundial do que o setor industrial, segundo a Pesquisa Anual de Serviços, referente a 2009, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O ano de 2009 é especial, porque ainda temos os reflexos da crise. Mas o Brasil se recuperou bem e o setor de serviços tem um papel nesse desempenho, por ter sua produção basicamente voltada para o mercado interno", afirmou o economista Guilherme Telles, analista do IBGE.
Telles contou que a receita operacional líquida do setor de serviços cresceu 10,9% em 2009 ante 2008, mostrando ainda vigor, mesmo em plena crise. O crescimento em 2008 ante 2007 foi maior, de 18%. "A variação na receita nominal não foi tão grande quanto a registrada em 2008, mas ainda assim é significativa frente aos outros setores da economia brasileira", disse o analista do IBGE.
Em 2009, o IBGE estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país. O levantamento levou em conta apenas as empresas de serviços que não são financeiras. A receita operacional líquida - diferença entre a receita bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas - foi de R$ 745,4 bilhões, enquanto o valor adicionado - o valor bruto da produção menos o consumo intermediário - foi de R$ 418,1 bilhões. As empresas de serviços ocuparam 9,7 milhões de pessoas no ano do levantamento e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. "Os números mostram a magnitude desse segmento", ressaltou Telles.
No entanto, uma pequena fatia delas, as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 5,5% do total, foi responsável pela maior parte da receita, empregos e remunerações. Ao todo, essas empresas, 50,6 mil, representaram 78,7% da receita operacional líquida (R$ 586,3 bilhões), 75,2% do valor adicionado, 65,8% do pessoal ocupado e 77,4% dos salários, retiradas e outras remunerações.
As empresas do segmento de "serviços prestados principalmente às famílias" foram mais numerosas, somando 288.286 unidades, ou 31,4% do total das companhias de serviços. Entretanto, as empresas de "serviços profissionais, administrativos e complementares" responderam por 3,89 milhões de pessoas ocupadas, 40,2% do total. Essas companhias também pagaram R$ 49,3 bilhões em remunerações, ou 34,3% da massa salarial, e R$ 133,5 bilhões de valor adicionado do setor de serviços, ou 31,9% do total.
A receita operacional líquida das atividades imobiliárias registrou o maior crescimento em 2009, de 23,8%, seguida pela dos serviços prestados às famílias, que subiu 21,2%.
Rio de Janeiro - O setor de serviços, por sua dependência do mercado interno, sofreu menos durante a eclosão da crise econômica mundial do que o setor industrial, segundo a Pesquisa Anual de Serviços, referente a 2009, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O ano de 2009 é especial, porque ainda temos os reflexos da crise. Mas o Brasil se recuperou bem e o setor de serviços tem um papel nesse desempenho, por ter sua produção basicamente voltada para o mercado interno", afirmou o economista Guilherme Telles, analista do IBGE.
Telles contou que a receita operacional líquida do setor de serviços cresceu 10,9% em 2009 ante 2008, mostrando ainda vigor, mesmo em plena crise. O crescimento em 2008 ante 2007 foi maior, de 18%. "A variação na receita nominal não foi tão grande quanto a registrada em 2008, mas ainda assim é significativa frente aos outros setores da economia brasileira", disse o analista do IBGE.
Em 2009, o IBGE estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no país. O levantamento levou em conta apenas as empresas de serviços que não são financeiras. A receita operacional líquida - diferença entre a receita bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas - foi de R$ 745,4 bilhões, enquanto o valor adicionado - o valor bruto da produção menos o consumo intermediário - foi de R$ 418,1 bilhões. As empresas de serviços ocuparam 9,7 milhões de pessoas no ano do levantamento e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. "Os números mostram a magnitude desse segmento", ressaltou Telles.
No entanto, uma pequena fatia delas, as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 5,5% do total, foi responsável pela maior parte da receita, empregos e remunerações. Ao todo, essas empresas, 50,6 mil, representaram 78,7% da receita operacional líquida (R$ 586,3 bilhões), 75,2% do valor adicionado, 65,8% do pessoal ocupado e 77,4% dos salários, retiradas e outras remunerações.
As empresas do segmento de "serviços prestados principalmente às famílias" foram mais numerosas, somando 288.286 unidades, ou 31,4% do total das companhias de serviços. Entretanto, as empresas de "serviços profissionais, administrativos e complementares" responderam por 3,89 milhões de pessoas ocupadas, 40,2% do total. Essas companhias também pagaram R$ 49,3 bilhões em remunerações, ou 34,3% da massa salarial, e R$ 133,5 bilhões de valor adicionado do setor de serviços, ou 31,9% do total.
A receita operacional líquida das atividades imobiliárias registrou o maior crescimento em 2009, de 23,8%, seguida pela dos serviços prestados às famílias, que subiu 21,2%.