Ainda que a inflação apresente alta em agosto, o resultado acima dos últimos meses já era esperado pelo mercado (Rmcarvalho/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 07h19.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, nesta terça-feira, 12, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de agosto. A expectativa é que o índice venha acima da média do mês de julho, estacionada em 0,12%, e da deflação de junho, de 0,08%.
A mediana do mercado projeta que a inflação de agosto fique na casa dos 0,29%, sendo a taxa anualizada em 4,67%, acima dos 3,99% registrados em julho.
A leitura do mês de agosto deve vir elevada, segundo o UBS BB, devido ao aumento no preço dos combustíveis. Só a gasolina deve apresentar alta de 1,5% quando comparada ao último mês. A energia elétrica residencial também deve subir mais de 4%, resultado dos descontos temporários pelo bônus de Itaipu. Já os alimentos devem contribuir com leve queda na inflação, com recuo de 3,2%.
Ainda que a inflação apresente alta em agosto, o resultado acima dos últimos meses já era esperado pelo mercado, graças ao efeito rebote apresentado já na prévia do IPCA-15, com 0,28% no mês.
O último Boletim Focus, divulgado na manhã dessa segunda-feira, 11, pelo Banco Central, apontou que a projeção para a inflação oficial em 2023 avançou de 4,92% para 4,93%. Um mês antes, a mediana era de 4,84%. Para 2024, foco principal da política monetária, a projeção também teve alta de 3,88% para 3,89%. Há um mês, era de 3,86%.
Considerando somente as 67 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,92% para 4,93%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta avançou de 3,80% para 3,82%, considerando 66 atualizações no período.