IBGE: entre os Brics, Brasil só superou Rússia em 2009
O desempenho da economia brasileira em 2009 só superou o da Rússia, entre os países que fazem parte do Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China). Segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira registrou retração de 0,2% em 2009. Já entre os 20 países cujos resultados […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O desempenho da economia brasileira em 2009 só superou o da Rússia, entre os países que fazem parte do Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China). Segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira registrou retração de 0,2% em 2009. Já entre os 20 países cujos resultados do PIB no ano passado foram listados pelo IBGE, o Brasil teve a quarta melhor performance, ficando atrás apenas da China (alta de 8,7%), da Índia (6,1%) e do Peru (0,9%).
Em 2009, o desempenho da economia brasileira foi melhor que o registrado na Suíça (-1,5%), no Chile (-1,7%), na França (-2,2%), nos Estados Unidos (-2,4%), no Canadá (-2,6%), na Espanha (-3,6%), na zona do euro (-4,0%), na União Europeia (-4,1%), no Reino Unido (-4,8%), na Suécia (-4,9%), no Japão (-5,0%), na Itália (-5,0%), na Alemanha (-5,0%), no México (-6,5%), na Romênia (-7,2%) e na Rússia (-7,9%). Os dados foram colhidos nos bancos centrais e institutos de estatística dos países listados.
Retração no Brasil
Os investimentos foram os principais responsáveis pela variação negativa, de 0,2%, do PIB brasileiro em 2009, segundo destacou a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis. Ao abrir os dados do PIB do ano passado, em termos de contribuições pelo lado da demanda, ela mostrou que os investimentos e os baixos estoques derrubaram a economia. "A queda dos investimentos foi o principal fator responsável pela queda do PIB, além da variação dos estoques, que caíram porque a produção da indústria diminuiu, apesar do aumento do consumo das famílias", explicou Rebeca.
A demanda interna contribuiu negativamente com 0,3 ponto porcentual para o resultado, apesar da contribuição positiva do consumo das famílias (2,4 ponto porcentual) e do consumo do governo (0,7 ponto porcentual). Ainda do lado da demanda interna, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que corresponde aos investimentos, teve uma contribuição negativa no dado final do PIB de 1,9 ponto porcentual, enquanto a variação de estoques contribuiu, também negativamente, com 1,6 ponto porcentual.
O setor externo, por sua vez, deu sua primeira contribuição positiva para o PIB desde 2005, com 0,1 ponto porcentual em 2009. Segundo Rebeca, as contas abertas do PIB pelas contribuições não fecha exatamente em 0,2% porque houve arredondamentos. O objetivo do IBGE é mostrar as principais influências, em termos da demanda, na composição da taxa.