Bandeira do Brasil no Rio de Janeiro (Cesar Okada/Getty Images)
Reuters
Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 09h41.
Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 09h43.
A economia brasileira começou o quarto trimestre em tom desanimado, amargando em outubro a quarta queda mensal seguida e no pior desempenho para o mês em sete anos, num mau presságio sobre os rumos da atividade neste fim de ano e para a herança a ser deixada para 2022.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central-Brasil (IBC-Br) --uma medida da evolução do ritmo de atividade no país-- caiu 0,40% em outubro sobre setembro, com dados ajustados sazonalmente, informou o Banco Central nesta quarta-feira.
A queda foi mais forte do que a de 0,20% prevista por analistas em pesquisa da Reuters.
No trimestre móvel até outubro, o IBC-Br recuou 0,94%. Sobre o mesmo mês de 2020, houve baixa de 1,48%.
Nos três meses até outubro de 2021 sobre um ano antes, o índice registrou alta de 1,06%. O IBC-Br sobe 4,99% no acumulado de 2021 e ganha 4,19% em 12 meses.
A baixa de 0,40% em outubro sobre setembro foi a mais forte para o mês desde 2014 (-0,60%). O dado de setembro foi revisado para pior e agora mostra retração de 0,46%, ante contração de 0,27% reportada inicialmente.
Com a revisão para pior, o IBC-Br marcou contração de 0,65% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, frente à taxa negativa de 0,14% divulgada inicialmente. O número também indica recessão técnica, conforme já apontado pelo IBGE nos números do PIB do terceiro trimestre, que caiu 0,1%.
O IBC-Br já havia recuado 0,45% em agosto e 0,12% em julho. A série negativa de quatro meses é a mais longa desde as seis baixas consecutivas registradas entre julho e dezembro de 2016.
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