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IBC-Br cai 0,11% em março, fecha 1º tri com alta de 0,30%

Economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano

Banco Central: nalistas esperavam queda de 0,10% na comparação mensal (REUTERS/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 09h58.

São Paulo - A economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano, destacando a fragilidade da atividade em meio a um cenário de inflação ainda alta e confiança abalada.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,11 por cento em março sobre fevereiro, quando o indicador havia ficado praticamente estável, com leve expansão mensal de 0,02 por cento. Este dado foi revisado, de alta de 0,24 por cento, pelo BC.

Em janeiro, também na comparação mensal, o IBC-Br --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- havia crescido 1,47 por cento.

"A trajetória (do IBC-Br) é inequívoca ao mostrar estagnação da economia, os números não são convincentes. O crescimento do PIB no primeiro trimestre não deve ser mais do que 0,5 por cento", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que vê o PIB crescendo neste ano em torno de 1,6 por cento.

Segundo o IBC-Br, o primeiro trimestre deste ano teve expansão de 0,30 por cento sobre os três últimos meses de 2013. No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,7 por cento sobre o período anterior, fechando 2013 com crescimento de 2,3 por cento, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mensal do IBC-BR de março ficou em linha com a expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,10 por cento. Em 12 meses, o avanço foi de 2,11 por cento também em março.

A economia brasileira não consegue mostrar recuperação neste ano, afetada pelo mau desempenho de importantes setores, como o industrial, e pela falta de confiança dos agentes econômicos.

O cenário também inclui vendas no varejo sem força, em meio à inflação elevada e crédito mais caro, vindo da política de aperto monetário adotado pelo BC há um ano e que tirou a Selic da mínima histórica de 7,25 por cento para os atuais 11 por cento.

"Considerando-se outros indicadores coincidentes, continuamos acreditando que o PIB do primeiro trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior", afirmou em nota o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

Em março, a produção industrial recuou 0,5 por cento em meio à perda de força dos investimentos, enquanto as vendas no varejo sofreram com os preços altos e caíram 0,5 por cento.

A expectativa de economistas ouvidos pelo BC, via pesquisa Focus, é de que o PIB crescerá apenas 1,69 por cento neste ano, abaixo dos 2,3 por cento vistos em 2013.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga no dia 30 de maio os dados sobre o PIB do primeiro trimestre deste ano.

Atualizado às 9h58

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São Paulo - A economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano, destacando a fragilidade da atividade em meio a um cenário de inflação ainda alta e confiança abalada.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,11 por cento em março sobre fevereiro, quando o indicador havia ficado praticamente estável, com leve expansão mensal de 0,02 por cento. Este dado foi revisado, de alta de 0,24 por cento, pelo BC.

Em janeiro, também na comparação mensal, o IBC-Br --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- havia crescido 1,47 por cento.

"A trajetória (do IBC-Br) é inequívoca ao mostrar estagnação da economia, os números não são convincentes. O crescimento do PIB no primeiro trimestre não deve ser mais do que 0,5 por cento", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que vê o PIB crescendo neste ano em torno de 1,6 por cento.

Segundo o IBC-Br, o primeiro trimestre deste ano teve expansão de 0,30 por cento sobre os três últimos meses de 2013. No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,7 por cento sobre o período anterior, fechando 2013 com crescimento de 2,3 por cento, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mensal do IBC-BR de março ficou em linha com a expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,10 por cento. Em 12 meses, o avanço foi de 2,11 por cento também em março.

A economia brasileira não consegue mostrar recuperação neste ano, afetada pelo mau desempenho de importantes setores, como o industrial, e pela falta de confiança dos agentes econômicos.

O cenário também inclui vendas no varejo sem força, em meio à inflação elevada e crédito mais caro, vindo da política de aperto monetário adotado pelo BC há um ano e que tirou a Selic da mínima histórica de 7,25 por cento para os atuais 11 por cento.

"Considerando-se outros indicadores coincidentes, continuamos acreditando que o PIB do primeiro trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior", afirmou em nota o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

Em março, a produção industrial recuou 0,5 por cento em meio à perda de força dos investimentos, enquanto as vendas no varejo sofreram com os preços altos e caíram 0,5 por cento.

A expectativa de economistas ouvidos pelo BC, via pesquisa Focus, é de que o PIB crescerá apenas 1,69 por cento neste ano, abaixo dos 2,3 por cento vistos em 2013.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga no dia 30 de maio os dados sobre o PIB do primeiro trimestre deste ano.

Atualizado às 9h58

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