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Haddad fala sobre recado de Lula para reforçar diálogo com o Congresso: 'Eu só faço isso da vida'

Mais cedo, presidente disse que ministro deveria abdicar de leituras para ter mais conversas com parlamentares

Diálogo com Congresso: veja os esforços de Lula e de Haddad (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)

Diálogo com Congresso: veja os esforços de Lula e de Haddad (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)

Estadão Conteúdo
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Publicado em 22 de abril de 2024 às 19h18.

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Após cobranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu mais conversas de ministros com o Congresso, o titular da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “só faz isso da vida”. Em rápida conversa com jornalistas na saída da pasta, Haddad falou sobre o assunto.

"Eu só faço isso da vida", disse, em referência às tratativas de pautas do governo com o Congresso.

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Em meio a impasses na articulação política do governo e a gestação de “pautas-bomba” no Legislativo, Lula afirmou, em evento de lançamento do programa de crédito “Acredita”, que seus ministros precisam passar mais tempo dialogando com parlamentares.

"Isso significa que o (vice-presidente) Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social) o Rui Costa (da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B", declarou o presidente nesta segunda.

Episódio 'superado'

No mais recente embate entre o Executivo e o Legislativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso, era “incompetente” e um “desafeto pessoal”. Nesta segunda, o ministro disse, em entrevista à CNN, que o episódio está “absolutamente superado”.

O governo vem enfrentando batalhas no Congresso para aprovar medidas de aumento de arrecadação ou para barrar projetos que têm forte impacto no caixa da União. O mais recente revés foi a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado de Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece aumento de 5% nos vencimentos de juízes e promotores, a cada cinco anos, o chamado “quinquênio”.

Segundo o governo, o impacto da medida pode chegar a R$ 42 bilhões por ano. O valor vai depender de quais categorias serão incluídas ao final da tramitação, como por exemplo a dos aposentados.

Reforma tributária

Outro tema fundamental em que o governo precisa de colaboração do Congresso é na regulamentação da reforma tributária. Haddad está reunido com o presidente Lula para definir detalhes finais dos projetos. Segundo o ministro, o presidente precisa bater o martelo em dois pontos.

"Precisamos fechar dois pontos que a Casa Civil pediu para despachar com o presidente para que esta semana possamos encaminhar para o Congresso".

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