Economia

Habitação puxa para baixo o IPC, diz FGV

De junho para julho, o IPC desacelerou de 0,33% para 0,29%. No mesmo período, Habitação saiu de 0,69% para 0,13%


	Habitação: o grupo Alimentação saiu de 0,12% para 0,44% em julho, tendo como maior contribuição o item laticínios (3,90% para 8,28%)
 (WikimediaCommons/Henrique Boney)

Habitação: o grupo Alimentação saiu de 0,12% para 0,44% em julho, tendo como maior contribuição o item laticínios (3,90% para 8,28%) (WikimediaCommons/Henrique Boney)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 09h44.

São Paulo - A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado para a composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), veio do grupo Habitação.

De junho para julho, o IPC desacelerou de 0,33% para 0,29%. No mesmo período, Habitação saiu de 0,69% para 0,13%, puxado pelo comportamento da tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,89% para -1,04%.

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras duas classes de despesas. O grupo Vestuário passou a registrar deflação (0,70% para -0,07%), sendo que o destaque foi o item roupas (0,60% para -0,27%).

A taxa de variação do grupo Despesas Diversas também caiu de forma significativa (1,48% para 0,58%), sendo que a principal contribuição foi a deflação de cigarros (2,74% para -0,52%).

Por outro lado, quatro classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. O grupo Alimentação saiu de 0,12% para 0,44% em julho, tendo como maior contribuição o item laticínios (3,90% para 8,28%).

O grupo Educação, Leitura e Recreação passou de -0,03% para 0,62%, sendo que a maior influência foi passagem aérea (-4,90% para 14,40%).

O grupo Transportes manteve deflação, mas menor (-0,26% para -0,04%). A principal contribuição foi do item tarifa de ônibus urbano (-0,28% para 0,28%).

Já o grupo Comunicação teve leve aceleração de 0,13% para 0,16%, tendo como maior contribuição o item mensalidade para TV por assinatura (0,00% para 0,43%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de junho para julho foram leite tipo longa vida (6,44% para 15,58%), feijão-carioca (26,08% para 33,78%), plano e seguro de saúde (1,04% para 1,05%), feijão-preto (4,32% para 33,55%) e passagem aérea (-4,90% para 14,40%).

A lista de maiores pressões negativas, por sua vez, é composta por milho em grão (5,65% para -11,19%), minério de ferro (-3,56% para -9,17%), soja em grão (14,82% para -3,68%), batata inglesa (28,48% para -17,47%) e mamão (-40,66% para -44,89%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 1,52% em junho para 1,09% em julho.

Entre as maiores pressões de alta do INCC-M estão os custos com ajudante especializado (3,07% para 2,16%), servente (2,96% para 1,67%), pedreiro (2,46% para 2,07%), carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado) (apesar da desaceleração de 2,97% para 2,17%) e eletricista (1,43% para 2,50%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram cimento Portland comum (-1,73%, mesmo porcentual visto em junho), aluguel de máquinas e equipamentos (0,19% para -1,08%), condutores elétricos (-1,82% para -1,66%), esquadrias de alumínio (-0,01% para -0,59%) e metais para instalações hidráulicas (0,12% para -0,37%).

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