Exame Logo

Há pouco espaço para estímulo de política, diz premiê chinês

Comentários de Li Keqiang destróis esperanças entre investidores de que Pequim poderia adotar medidas para impulsionar sua economia

Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang: embora a economia enfrente obstáculos consideráveis e incertezas, a China deve permitir que as forças de mercado façam seu trabalho (Jason Lee/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 09h09.

Pequim - A China tem espaço limitado para usar gastos do governo e estímulo de política com o objetivo de impulsionar sua economia, afirmou o primeiro-ministro Li Keqiang segundo o jornal estatal China Securities Journal, destruindo as esperanças entre alguns investidores de que Pequim poderia adotar medidas.

Segundo o jornal, Li disse que embora a economia enfrente obstáculos consideráveis e incertezas, a China deve permitir que as forças de mercado façam seu trabalho.

Veja também

"Se houver confiança demais em medidas de política e lideradas pelo governo para estimular o crescimento, não apenas isso é insustentável como criaria novos problemas e riscos", disse Li segundo o jornal.

As declarações dele foram dadas em uma reunião do conselho estatal, ou gabinete chinês, na segunda-feira depois que uma série de dados mostrou que a recuperação na segunda maior economia do mundo fraquejou em abril.

Os dados de segunda-feira, que mostraram que o crescimento da produção industrial e do investimento foi menor do que o esperado no mês passado, alimentaram esperanças entre alguns investidores de que a China pode buscar impulsionar a atividade por meio de estímulos do governo.

No entanto, alguns analistas buscaram diminuir expectativas de um relaxamento da política pela China, dizendo que o governo deverá ser relutante em agir a menos que o crescimento caia com mais força.

Dentro da China, acadêmicos do governo dizem que autoridades estão divididas entre administrar benefícios de curto prazo e necessidades de longo prazo. Alguns dizem que Pequim deveria agir e impulsionar o crescimento agora, enquanto outros afirmam que o país deve esperar e se focar em reestruturar a economia por um período longo.

A China quer fazer sua economia crescer 7,5 por cento este ano, uma meta que muitos analistas acreditam que será atingida, apesar de alguns terem cortado suas previsões para perto de 7,5 por cento ante estimativas iniciais mais próximas de 8 por cento devido às frágeis condições da economia.

O Bank of America-Merrill Lynch, por exemplo, reduziu nesta quarta-feira sua previsão de crescimento para e economia chinesa em 2013 para 7,6 por cento, ante 8 por cento anteriormente.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaImpostosIncentivos fiscais

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame