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Gustavo Franco defende esforço fiscal do governo

O ex-presidente do BC considera que medidas na área podem permitir cortes na taxa de juros

Gustavo Franco defende um ajuste fiscal para o BC baixar os juros (Raul Junior/VOCÊ S/A)
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 15h24.

Rio de Janeiro - O Brasil pode ter taxas de juros menores contanto que o governo faça um esforço fiscal para impedir que um corte mais contundente na Selic resulte em uma disparada da inflação, na avaliação do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco.

"Para que tenhamos juros menores temos que atacar os problemas fiscais de maneira diferente do que temos feito. É possível pensar que o Brasil pode ter taxa de juros de primeiro mundo, embora o primeiro mundo hoje não seja sinônimo de virtude. Mas muita coisa precisaria ser feita para que a transição pudesse ocorrer. Viver com uma taxa de juros muito elevada faz parte da realidade brasileira de um jeito que precisa se modificar", declarou Franco, durante o seminário "A Nova Agenda - Desafios e oportunidades para o Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, no Rio de Janeiro.

Gustavo Franco afirmou ainda que o Banco Central, sozinho, não tem condições de reduzir juros, porque isso resultaria em inflação. "É preciso chamar a cavalaria", disse. "Hoje, mal conseguimos um superávit primário de 3% (do Produto Interno Bruto). Se ele fosse o dobro, talvez conseguíssemos produzir uma redução de juros significativa sem produzir inflação, 6% ou 7% do PIB".

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"Para que tenhamos juros menores temos que atacar os problemas fiscais de maneira diferente do que temos feito. É possível pensar que o Brasil pode ter taxa de juros de primeiro mundo, embora o primeiro mundo hoje não seja sinônimo de virtude. Mas muita coisa precisaria ser feita para que a transição pudesse ocorrer. Viver com uma taxa de juros muito elevada faz parte da realidade brasileira de um jeito que precisa se modificar", declarou Franco, durante o seminário "A Nova Agenda - Desafios e oportunidades para o Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, no Rio de Janeiro.

Gustavo Franco afirmou ainda que o Banco Central, sozinho, não tem condições de reduzir juros, porque isso resultaria em inflação. "É preciso chamar a cavalaria", disse. "Hoje, mal conseguimos um superávit primário de 3% (do Produto Interno Bruto). Se ele fosse o dobro, talvez conseguíssemos produzir uma redução de juros significativa sem produzir inflação, 6% ou 7% do PIB".

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