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Guedes quer ajustar relatório da reforma da Previdência

Equipe do ministro vê "pegadinha" em cálculo; relator Samuel Moreira diz que está aberto ao diálogo, mas que não vai abandonar seu relatório

Paulo Guedes: equipe do ministro vai buscar negociar ajustes no relatório da reforma da Previdência com o relator da proposta (: Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de junho de 2019 às 15h09.

Última atualização em 17 de junho de 2019 às 15h43.

Brasília — A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes , vai buscar negociar ajustes no relatório da reforma da Previdência com o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O relator e o secretário Especial de Previdência, Rogerio Marinho, já conversaram informalmente neste fim de semana, depois das duras críticas ao parecer feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Samuel disse no domingo, 16, que está aberto ao diálogo. "Meu relatório está sujeito a mudanças. Não é um decreto. Preciso proteger o relatório e não vou abandoná-lo. Mas vou para o diálogo novamente", afirmou. Nesta segunda-feira, o relator se reúne com sua equipe para fazer um balanço.

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Segundo apurou a reportagem, Marinho se reuniu NP domingo com técnicos para uma análise dos pontos que poderão sofrer ajustes. A preocupação agora, de acordo com uma fonte, é evitar um desgaste maior.

BPC

Guedes passou a concordar com a retirada das mudanças do BPC, benefício pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, depois que percebeu a importância dessa assistência nas regiões mais pobres do País.

Ele foi contra a exclusão das regras que abrangiam Estados e municípios - pois muitos estão quebrados e é "lá onde o povo vive" - e às mudanças nas regras para servidores, que possibilitam antecipar os privilégios de se aposentar com o último salário da carreira aos servidores mais antigos.

O que desagradou à equipe econômica e pegou os técnicos de surpresa foram outros pontos que, mesmo fora da mira dos partidos que compõem o Centrão (hoje os principais fiadores na negociação pela aprovação da reforma), foram alterados na versão do texto apresentada na última quinta-feira.

Embora a criação de um regime capitalizado, segundo o qual os novos trabalhadores contribuiriam para contas individuais e poupariam para suas aposentadorias futuras, fosse uma das principais bandeiras de Guedes, a sinalização de Maia de que a discussão poderia ficar para o segundo semestre já havia dado o tom do desfecho para esse ponto.

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