Economia

Guedes prevê que medida contra fraude na Previdência economizará R$30 bi

"Nos próximos 30 dias vamos estar soltando coisas simplificadoras", reforçou o ministro da Economia

Guedes: Quando os parlamentares eleitos iniciarem o ano legislativo, em fevereiro, o foco será então na reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)

Guedes: Quando os parlamentares eleitos iniciarem o ano legislativo, em fevereiro, o foco será então na reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 19h50.

Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 13h26.

Brasília - O governo de Jair Bolsonaro dará foco a medidas infraconstitucionais para a economia nos próximos 30 dias, disse o ministro da área, Paulo Guedes, estimando que com uma única medida provisória para coibir fraudes na Previdência será possível economizar até 30 bilhões de reais anualmente.

"Pode ser entre 17 e 30 bilhões(reais) por ano só na base de identificar a fraude", afirmou ele em seu primeiro discurso como titular do superministério da Economia, acrescentando que a MP sairá em uma semana.

"Nos próximos 30 dias vamos estar soltando coisas simplificadoras", acrescentou ele, a respeito das estratégias para o primeiro mês no governo, quando o Legislativo ainda estará de férias.

Quando os parlamentares eleitos iniciarem o ano legislativo, em fevereiro, o foco será então na reforma da Previdência, que Guedes ressaltou ser o primeiro e maior gasto público do governo e, por isso, a prioridade número 1 da nova administração.

"Sem a reforma da Previdência sabemos que nós não sustentaremos o teto de gastos e teremos muita dificuldade de continuar persistindo na estratégia de ajuste gradual", disse.

Guedes apontou que o governo Bolsonaro vai trabalhar com três pilares: a reforma da Previdência, a aceleração das privatizações e, num terceiro fronte, a simplificação, redução e eliminação de impostos.

Se a reforma da Previdência for aprovada nos próximos meses, o Brasil terá uma década de crescimento pela frente, disse o ministro. Do contrário, o governo lançará mão de uma completa desindexação e desvinculação do orçamento.

"A hora é agora de enfrentar o problema fiscal", disse Guedes.

"Se for bem sucedido (desafio da Previdência), temos 10 anos de crescimento pela frente, se não for, temos sugestões também...você desindexa, desvincula e desobriga todas as despesas e receitas da União", disse.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroJair BolsonaroPaulo GuedesPrevidência Social

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto