Economia

Grécia tem última chance de ficar na zona do euro

Presidente Alexis Tsipras precisa convencer os outro 18 líderes do bloco a autorizarem negociações rápidas sobre novo empréstimo para resgatar a Grécia


	Bandeira da União Europeia na Grécia: Tsipras precisa convencer os outro 18 líderes do bloco a autorizarem negociações
 (Louisa Gouliamaki/AFP)

Bandeira da União Europeia na Grécia: Tsipras precisa convencer os outro 18 líderes do bloco a autorizarem negociações (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 09h45.

Bruxelas - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tem a última chance para apresentar propostas de reforma críveis à cúpula emergencial da zona do euro nesta terça-feira para persuadir credores céticos a reabrirem conversas sobre ajuda antes que os bancos de seu país fiquem sem dinheiro.

Com o Banco Central Europeu (BCE) apertando o nó sobre os financiamentos aos bancos gregos, Tsipras precisa convencer os outro 18 líderes do bloco a autorizarem negociações rápidas sobre novo empréstimo para resgatar a Grécia.

No entanto, autoridades gregas disseram que as propostas do premiê não irão muito além do plano que ele enviou à zona do euro na semana passada antes dos eleitores gregos terem rejeitado por ampla maioria os termos de austeridade do resgate no referendo de domingo.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sob suspeitas dos dois lados por tentar costurar um acordo de último minuto, disse ao Parlamento Europeu:

"Existem alguns na União Europeia que abertamente ou secretamente trabalham para excluir a Grécia da zona do euro".

Ele não deu nomes, mas poderia estar se referindo ao ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, que não tem feito segredo de seu ceticismo sobre a aptidão da Grécia para permanecer no euro e na semana passada sugeriu possível saída "temporária".

Do lado grego, a chave para tornar qualquer acordo politicamente aceitável será a conquista de um compromisso mais firme da chanceler alemã, Angela Merkel, e outros credores para reescalonar a enorme dívida da Grécia, que segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) é insustentável.

Sem uma promessa mais firme de alívio da dívida, nem a Grécia nem o FMI deve aceitar um acordo.

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