Grécia: os dados provisórios revelam uma retração de 1,2% no último trimestre de 2016 (Yiannis Kourtoglou/File Photo/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de março de 2017 às 11h36.
Atenas - A economia da Grécia registrou crescimento zero em 2016, alguns décimos abaixo do previsto inicialmente (0,3%), mas claramente acima da recessão de 0,2% sofrida em 2015.
Segundo as primeiras estimativas divulgadas nesta quarta-feira pelo escritório de estatísticas do país, o Elstat, o Produto Interno Bruto alcançou em termos reais o volume de 184,5 bilhões de euros, exatamente o mesmo que no ano precedente.
A despesa total cresceu 0,6%, com um aumento do consumo privado de 1,4% e uma redução do gasto público de 2,1%. Já as exportações caíram 2% e as importações outro 0,4%.
A publicação de hoje segue a drástica correção para baixo dos números correspondentes ao último trimestre de 2016 divulgada nesta segunda-feira.
A invés da queda de 0,4% calculada em suas estimativas de fevereiro, os dados provisórios de Elstat revelam uma retração de 1,2% no último trimestre de 2016 em comparação com os três meses precedentes.
Maior ainda foi a correção para baixo na comparação anualizada, e assim o PIB caiu 1,1% em relação ao último trimestre de 2015, ao invés do crescimento de 0,3% calculado inicialmente.
A grande diferença entre os números se deve, segundo afirmou o Elstat em comunicado, ao fato de que na primeira versão ainda não tinham sido incorporados vários dados, tanto de caráter mensal, como o balanço de pagamentos de dezembro, como trimestral, como o volume de negócios da indústria e os dados de desemprego.
O governo diminuiu a importância desta correção e o primeiro-ministro Alexis Tsipras se mostrou seguro de que a "Grécia virou a página" da crise e entrou no caminho do crescimento.
Para o ano corrente, a Grécia prevê um crescimento econômico de 2,7%.
No entanto, o atraso das negociações com os credores sobre a segunda revisão do resgate poderia desencadear uma nova onda de incerteza, o que, segundo as agências de qualificação e o Banco Central da Grécia, poderia arruinar as previsões.