Economia

Ministros são pessimistas quanto a acordo com a Grécia

O governo da Grécia, quer um entendimento sobre algum tipo de reestruturação da dívida pública do país, que representa cerca de 180% do PIB


	Alexis Tsipras: Além das divergências relacionadas com impostos, taxas sobre as empresas e cortes nas pensões, Atenas e os credores não se entendem sobre o alívio da dívida
 (REUTERS/Grigory Dukor)

Alexis Tsipras: Além das divergências relacionadas com impostos, taxas sobre as empresas e cortes nas pensões, Atenas e os credores não se entendem sobre o alívio da dívida (REUTERS/Grigory Dukor)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 10h15.

Ministros das Finanças da zona euro mostraram-se pouco otimistas quanto à hipótese de um acordo, hoje (25), entre a Grécia e o Eurogrupo, a quarta tentativa em pouco mais de uma semana.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, foi ainda mais duros nas declarações aos jornalistas quanto a entrada do país no Eurogrupo.

Em Bruxelas, ele disse que depois de alguns avanços feitos, as autoridades gregas "fizeram marcha [para] trás" nas propostas apresentadas. Em consequência, credores e Atenas estão "ainda mais longe" de um consenso.

O responsável pelo Tesouro da Áustria, Hans Jorg Schelling, qualificou de "irresponsável" a atitude do governo grego nas negociações com os credores, acusando-o de ter feito "novas exigências".

O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, publicou em uma rede social mensagem com pouca esperança de entendimento: "honestamente, não sei quais são as hipóteses de haver um acordo hoje".

Já o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, afirmou que "persistem as divergências" entre os credores internacionais e Atenas.

Ainda assim, disse estar "otimista", apesar da "situação complexa" atual e  de o mês de junho estar no fim sem que Atenas cumpra o prazo de chegar a um acordo e receber dinheiro para pagar 1,6 mil milhão de euros ao Fundo Monetário Internacional. A Grécia tem até 30 de junho para pagar esta dívida.

Depois da maratona de negociações o governo grego e os credores ao longo da madrugada e a manhã desta quinta-feira foi acertado um conjunto de propostas apresentadas pelos credores que será apreciada pelo Eurogrupo.

As reuniões envolveram técnicos e líderes das instituições – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

No entanto, apesar de essa posição incorporar muitos pontos reivindicados por Atenas, o governo grego ainda não concordou com os documentos dos credores e deverá apresentar a sua contraproposta na reunião desta tarde, do Eurogrupo.

Além das divergências relacionadas com impostos, nomeadamente o IVA (Imposto sobre o Consumo) e taxas sobre as empresas, além de cortes nas pensões, Atenas e os credores não se entendem sobre o alívio da dívida.

O governo da Grécia, liderado por Alexis Tsipras quer um entendimento sobre algum tipo de reestruturação da dívida pública do país, que representa cerca de 180% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas do país.

Acompanhe tudo sobre:Alexis TsiprasCrise gregaEuropaGréciaPiigsZona do Euro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor