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Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 14h57.
Bruxelas - A Grécia está prestes a receber nesta segunda-feira o sinal verde do Eurogrupo ao esperado segundo resgate de 130 bilhões de euros que lhe permitirá evitar uma quebra em março, mas a eurozona deve enquadrar os números e tornar a dívida grega sustentável até 2020.
'Acho que no final haverá acordo', disse uma fonte diplomática, para quem as possíveis diferenças sobre o montante do resgate 'não devem dificultar o acordo'. 'A falta de acordo nos colocaria em um caminho imprevisível', ressaltou.
O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, viajou no domingo a Bruxelas para participar nesta segunda-feira da reunião do Eurogrupo, por isso poderá manter contatos com altos cargos da União Europeia (UE) e seguir as negociações para desbloquear o segundo resgate, segundo informou a emissora grega 'MEGA'.
Declarações de diferentes ministros da eurozona nas últimas horas apontam que a Grécia provavelmente poderá respirar mais tranquila ao término da decisiva reunião.
Entretanto, o jornal britânico 'Financial Times' indicou que existe uma lista de 24 ações prévias que a Grécia deve efetuar até o final do mês.
O principal problema que precisa ser resolvido é o da sustentabilidade da dívida grega, que não vai por bom caminho e com a estrutura do resgate atual da Grécia não poderá ser reduzida de 160% a 120% em 2020, admitiu na sexta-feira o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Medidas e técnicas para resolver o problema da dívida estão sendo estudadas, como reduzir novamente os juros cobrados à Grécia pelos empréstimos que recebeu desde maio de 2010.
A imprensa também indica a possibilidade de que os bancos nacionais assumam as mesmas perdas que o setor privado.
Em 8 de março será iniciada a troca de bônus com os credores privados, mediante o qual a Grécia terá a metade da dívida em suas mãos (100 bilhões de euros) perdoada ao assumir perdas líquidas de 70% sobre seus títulos.
Para isso, os bancos receberão incentivos da eurozona no valor de 30 bilhões de euros. A troca permitirá a Grécia reestruturar a dívida e evitar a moratória.
Enquanto isso, o sindicato de funcionários gregos ADEDY denuncia que o resgate financeiro representa o fim da soberania do país e classificou os credores internacionais como 'agiotas' que querem tomar o controle da nação. EFE