Economia

Governo vê PIB ‘levemente abaixo’ do esperado, mas mantém projeção de alta de 2,4% em 2025

Fazenda aposta na resiliência do mercado de trabalho e do crédito para sustentar crescimento, mesmo com perda de fôlego esperada na agropecuária

Ministério da Fazenda manteve a projeção de crescimento de 2,4% para o PIB (Leandro Fonseca/Exame)

Ministério da Fazenda manteve a projeção de crescimento de 2,4% para o PIB (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de maio de 2025 às 12h54.

O Ministério da Fazenda manteve a projeção de crescimento de 2,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, apesar de considerar o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre “levemente abaixo” das expectativas da equipe econômica.

Segundo nota informativa divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), os dados do IBGE confirmaram o crescimento de 1,4% entre janeiro e março, com forte impulso da agropecuária — que cresceu 12,2% no período, impulsionada por uma supersafra de soja. A projeção da SPE, publicada no Boletim Macrofiscal de maio, era de um crescimento um pouco maior no período (1,6%).

Mesmo com esse resultado, a Fazenda avalia que o desempenho do mercado de trabalho e a expansão do crédito seguem dando sustentação à economia, o que justifica a manutenção da projeção para o ano.

“Mesmo com o resultado levemente abaixo do esperado para o crescimento no primeiro trimestre, a SPE segue projetando alta de 2,4% para o PIB de 2025, considerando a resiliência que vem sendo observada tanto no mercado de trabalho como de crédito”, diz a nota.

A pasta, no entanto, alertou que a partir do segundo trimestre a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deve se tornar negativa, refletindo o fim do pico da colheita e a base de comparação elevada. Além disso, é esperada uma desaceleração em setores mais sensíveis ao ciclo econômico.

Para a segunda metade do ano, o governo projeta um ritmo de crescimento próximo à estabilidade na margem, impactado pelos efeitos ainda contracionistas da política monetária. Mesmo assim, a Fazenda afirma que o cenário segue compatível com a estimativa de crescimento anual.

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