Presidente Dilma Roussef: “vamos fazer uma defesa da indústria contra as práticas protecionistas e desleais que afetam nossas exportações” (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2011 às 08h25.
Brasília – No inicio de agosto, o governo federal vai apresentar um plano de desenvolvimento produtivo local, baseado na inovação tecnológica e no fortalecimento do comércio exterior. De acordo com a presidente Dilma Rousseff, a exigência de conteúdo local é “fator decisivo para expansão da indústria, do emprego e da renda”.
Para Dilma, a ampliação do crédito, o aperfeiçoamento dos regimes tributários e uma política “vigorosa” de compras governamentais são instrumentos adequados para elevar o nível de conteúdo local da produção brasileira.
“O acirramento dos mercados internacionais impõe a adoção de políticas de fortalecimento da indústria e de estratégias conjuntas entre o setor privado e o governo, com objetivo de ampliar a nossa competitividade [das empresas brasileiras]”, disse a presidenta durante cerimônia de posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs).
A presidenta também anunciou que vai aumentar a oferta de crédito e simplificar o acesso aos instrumentos necessários para inovação, a fim de facilitar e melhorar a capacidade inovadora das empresas do país.
Na área de comércio exterior, o governo pretende adotar instrumentos “ousados”. “Vamos fazer uma defesa da indústria contra as práticas protecionistas e desleais que afetam nossas exportações”, disse.
Durante o seu discurso, a presidenta pediu o apoio do setor empresarial para formação de profissionais na área de pesquisa e inovação. Até o fim deste mês, o governo federal pretende lançar o programa Ciência sem Fronteiras, que irá destinar 75 mil bolsas a estudantes de graduação e pós-graduação em áreas estratégicas para especialização em outros países.
“Será muito oportuno que o empresariado brasileiro ajude o país a produzir profissionais na área de pesquisa, inovação. Isso é algo que países emergentes, como a China, estão fazendo sistematicamente nos últimos anos”, declarou a presidenta.