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Governo tenta reanimar relação comercial com a Índia

Michel Temer se reuniu hoje com o primeiro-ministro, Narendra Modi, para tentar convencê-lo sobre as oportunidades que o Brasil oferece às empresas indianas

BRICS: "Temos uma proposta para intercambiar com a Índia 500 produtos preferenciais" (Danish Siddiqui/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 10h44.

Panaji - O governo do Brasil mandou nesta segunda-feira uma mensagem direta à Índia sobre a importância que Brasília dá às relações comerciais com o país asiático ao apresentar uma proposta de preferências tarifárias e assinar vários memorandos de entendimento.

Na primeira parada de sua primeira viagem oficial pela Ásia depois do G20, Michel Temer se reuniu hoje com o primeiro-ministro, Narendra Modi, para tentar convencê-lo sobre as oportunidades que o Brasil oferece às empresas indianas e do interesse dos empresários de seu país pelo mercado indiano.

"Temos uma proposta para intercambiar com a Índia 500 produtos preferenciais", indicou a jornalistas o ministro das Relações Exteriores, José Serra, após as reuniões de delegações de ambos países na região ocidental indiana de Goa, onde ontem aconteceu a cúpula do fórum Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

"Em temas de Defesa, o Brasil tem equipamento para exportar à Índia, o maior importador do mundo", lembrou Serra, ao mencionar o interesse de seu país para exportar à Índia tecnologia relacionada com o etanol.

"O comércio entre a economia indiana e brasileira pode triplicar nos próximos anos, porque a complementaridade entre as duas economias é muito maior do que por exemplo com a China", sentenciou Serra.

O ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi, concretizou que alguns desses produtos são do setor alimentício, do qual a Índia é um grande importador, como maçãs e aves, e também material genético de aves e de bovinos.

Segundo Maggi, o potencial de aumento de relações comerciais no setor agrícola é muito grande, destacando por exemplo a intenção indiana de importar anualmente até 2030 ao redor de 30 milhões de toneladas de grão de lentilha.

O anúncio do ministro aconteceu depois que ambos países assinaram quatro acordos nas áreas de cooperação e facilitação de investimentos, regulação de produtos farmacêuticos, agricultura e pecuária.

"Estou feliz em anunciar que a Índia e Brasil finalizaram o texto de um acordo para investimentos (...) o que aumentará os negócios bilaterais e os nexos de investimento", disse Modi no ato que marcou o final de uma intensa jornada de reuniões.

Modi afirmou que a Índia tenta ser um "parceiro valioso" do Brasil em seu processo para "reanimar" sua economia, por isso que deu as boas-vindas às companhias do Brasil que queiram investir na Índia, ao mesmo tempo que agradeceu o apoio de Temer para a facilitação do acesso dos produtos indianos ao mercado brasileiro.

O otimismo de Temer após as reuniões bilaterais entre os gigantes americano e asiático foi similar.

"Esta reunião relançou nossa união estratégica nos mercados globais e o relançamento de nossas sociedades", garantiu o presidente brasileiro, que afirmou que vão trabalhar também em "missões técnicas" em assuntos como a defesa.

Segundo Temer, ambos países se comprometeram a facilitar os investimentos, garantindo a segurança jurídica, e ressaltou que "os empresários brasileiros estão muito interessados na Índia", um interesse que compartilha o mundo empresarial do país asiático.

O líder brasileiro destacou o forte processo de transformação a Índia viveu nos últimos anos, uma via que está sendo seguida pelo Brasil, com "um processo de transformação interno e nos principais mercados do mundo", anotou.

Entre os "interesses comuns" da Índia e Brasil, Temer ressaltou os ambientais ao mencionar o lançamento impulsionado pelo país asiático e França da Aliança Solar, um projeto para a transferência de tecnologia em energias limpas e financiamento para os países pobres, algo que comparou com a Plataforma para o Futuro do Brasil.

A troca comercial entre a Índia e Brasil rondou em 2015 os US$ 7,9 bilhões, um número inferior à quantidade recorde atingida em 2014, cerca de US$ 11,42 bilhões, com um volume de exportações brasileiras similar às indianas.

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Panaji - O governo do Brasil mandou nesta segunda-feira uma mensagem direta à Índia sobre a importância que Brasília dá às relações comerciais com o país asiático ao apresentar uma proposta de preferências tarifárias e assinar vários memorandos de entendimento.

Na primeira parada de sua primeira viagem oficial pela Ásia depois do G20, Michel Temer se reuniu hoje com o primeiro-ministro, Narendra Modi, para tentar convencê-lo sobre as oportunidades que o Brasil oferece às empresas indianas e do interesse dos empresários de seu país pelo mercado indiano.

"Temos uma proposta para intercambiar com a Índia 500 produtos preferenciais", indicou a jornalistas o ministro das Relações Exteriores, José Serra, após as reuniões de delegações de ambos países na região ocidental indiana de Goa, onde ontem aconteceu a cúpula do fórum Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

"Em temas de Defesa, o Brasil tem equipamento para exportar à Índia, o maior importador do mundo", lembrou Serra, ao mencionar o interesse de seu país para exportar à Índia tecnologia relacionada com o etanol.

"O comércio entre a economia indiana e brasileira pode triplicar nos próximos anos, porque a complementaridade entre as duas economias é muito maior do que por exemplo com a China", sentenciou Serra.

O ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi, concretizou que alguns desses produtos são do setor alimentício, do qual a Índia é um grande importador, como maçãs e aves, e também material genético de aves e de bovinos.

Segundo Maggi, o potencial de aumento de relações comerciais no setor agrícola é muito grande, destacando por exemplo a intenção indiana de importar anualmente até 2030 ao redor de 30 milhões de toneladas de grão de lentilha.

O anúncio do ministro aconteceu depois que ambos países assinaram quatro acordos nas áreas de cooperação e facilitação de investimentos, regulação de produtos farmacêuticos, agricultura e pecuária.

"Estou feliz em anunciar que a Índia e Brasil finalizaram o texto de um acordo para investimentos (...) o que aumentará os negócios bilaterais e os nexos de investimento", disse Modi no ato que marcou o final de uma intensa jornada de reuniões.

Modi afirmou que a Índia tenta ser um "parceiro valioso" do Brasil em seu processo para "reanimar" sua economia, por isso que deu as boas-vindas às companhias do Brasil que queiram investir na Índia, ao mesmo tempo que agradeceu o apoio de Temer para a facilitação do acesso dos produtos indianos ao mercado brasileiro.

O otimismo de Temer após as reuniões bilaterais entre os gigantes americano e asiático foi similar.

"Esta reunião relançou nossa união estratégica nos mercados globais e o relançamento de nossas sociedades", garantiu o presidente brasileiro, que afirmou que vão trabalhar também em "missões técnicas" em assuntos como a defesa.

Segundo Temer, ambos países se comprometeram a facilitar os investimentos, garantindo a segurança jurídica, e ressaltou que "os empresários brasileiros estão muito interessados na Índia", um interesse que compartilha o mundo empresarial do país asiático.

O líder brasileiro destacou o forte processo de transformação a Índia viveu nos últimos anos, uma via que está sendo seguida pelo Brasil, com "um processo de transformação interno e nos principais mercados do mundo", anotou.

Entre os "interesses comuns" da Índia e Brasil, Temer ressaltou os ambientais ao mencionar o lançamento impulsionado pelo país asiático e França da Aliança Solar, um projeto para a transferência de tecnologia em energias limpas e financiamento para os países pobres, algo que comparou com a Plataforma para o Futuro do Brasil.

A troca comercial entre a Índia e Brasil rondou em 2015 os US$ 7,9 bilhões, um número inferior à quantidade recorde atingida em 2014, cerca de US$ 11,42 bilhões, com um volume de exportações brasileiras similar às indianas.

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