Governo teme que rebaixamento contamine crédito do Brasil
O rebaixamento da nota de crédito da Petrobras pela agência Moodys caiu como um balde de água fria na equipe econômica do governo Dilma
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 22h24.
Brasília - O rebaixamento da nota de crédito da Petrobras pela agência Moody's caiu como um balde de água fria na equipe econômica do governo Dilma Rousseff .
O grupo, formado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Babosa, além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem se esforçando desde o fim do ano passado para melhorar o quadro das contas públicas brasileiras, aumentando a transparência e melhorando a comunicação com o mercado. Mas na noite desta terça-feira, 24, o que havia era uma sensação de que o rebaixamento da estatal acabasse "contaminando" a nota de crédito dos títulos brasileiros.
Após o anúncio, foi definido que o melhor era discutir alternativas para evitar este eventual contágio. Nesta quarta-feira, 25, os ministros da equipe econômica devem se reunir com a presidente Dilma para fazer uma avaliação da perda do grau de investimento da Petrobras e definir uma estratégia de trabalho.
Para os próximos dias, o governo prepara medidas fiscais, como a unificação e simplificação do PIS e da Cofins, e também um corte profundo de despesas federais no Orçamento. As medidas são esperadas pelas agências de rating e pelo mercado para melhorar o quadro fiscal do governo federal e também o ambiente de negócios no País, que está há quatro anos consecutivos com crescimento muito fraco da economia.
No Congresso Nacional, deputados e senadores foram surpreendidos pela notícia em meio à sessão do Congresso para apreciação dos vetos presidenciais. A oposição disse que a petroleira havia chegado ao fundo do poço, enquanto a base disse acreditar em sua recuperação.
"Mais um elemento da tragédia que o PT promoveu em instalar uma cadeia para roubar a Petrobras", declarou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Para o tucano, o rebaixamento é reflexo da "profundidade do buraco em que jogaram" a estatal.
Assim como Aloysio Nunes, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) avaliou que a decisão da Moody's também terá consequências sobre as empresas ligadas à Petrobras e todos os seus investimentos. "Não é de se espantar a situação da Petrobras. Isso tem causado preocupação a todos os brasileiros. Só posso lamentar", declarou Anastasia.
O senador e ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA), acredita que a dificuldade enfrentada pela Petrobras não é tão grande a ponto de perder o grau de investimento. "Esse é mais um sofrimento que passa a Petrobras. É uma tempestade que a Petrobras está enfrentando e ela será vencida", concluiu o ex-ministro.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que já esperava pelo rebaixamento em virtude do cenário que tomou conta da estatal. Para o líder, o que está em jogo não é o combate à corrupção, mas o projeto da oposição de mudar o modelo de partilha do pré-sal e entregá-lo às grandes petrolíferas estrangeiras.
O petista afirma que o novo presidente da empresa, Aldemir Bendine, vai recuperar a credibilidade da maior estatal brasileira e que o rebaixamento não prejudicará a recuperação da empresa. "A Petrobras é tão forte que vai sobreviver a tudo isso", previu.
Brasília - O rebaixamento da nota de crédito da Petrobras pela agência Moody's caiu como um balde de água fria na equipe econômica do governo Dilma Rousseff .
O grupo, formado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Babosa, além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem se esforçando desde o fim do ano passado para melhorar o quadro das contas públicas brasileiras, aumentando a transparência e melhorando a comunicação com o mercado. Mas na noite desta terça-feira, 24, o que havia era uma sensação de que o rebaixamento da estatal acabasse "contaminando" a nota de crédito dos títulos brasileiros.
Após o anúncio, foi definido que o melhor era discutir alternativas para evitar este eventual contágio. Nesta quarta-feira, 25, os ministros da equipe econômica devem se reunir com a presidente Dilma para fazer uma avaliação da perda do grau de investimento da Petrobras e definir uma estratégia de trabalho.
Para os próximos dias, o governo prepara medidas fiscais, como a unificação e simplificação do PIS e da Cofins, e também um corte profundo de despesas federais no Orçamento. As medidas são esperadas pelas agências de rating e pelo mercado para melhorar o quadro fiscal do governo federal e também o ambiente de negócios no País, que está há quatro anos consecutivos com crescimento muito fraco da economia.
No Congresso Nacional, deputados e senadores foram surpreendidos pela notícia em meio à sessão do Congresso para apreciação dos vetos presidenciais. A oposição disse que a petroleira havia chegado ao fundo do poço, enquanto a base disse acreditar em sua recuperação.
"Mais um elemento da tragédia que o PT promoveu em instalar uma cadeia para roubar a Petrobras", declarou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Para o tucano, o rebaixamento é reflexo da "profundidade do buraco em que jogaram" a estatal.
Assim como Aloysio Nunes, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) avaliou que a decisão da Moody's também terá consequências sobre as empresas ligadas à Petrobras e todos os seus investimentos. "Não é de se espantar a situação da Petrobras. Isso tem causado preocupação a todos os brasileiros. Só posso lamentar", declarou Anastasia.
O senador e ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA), acredita que a dificuldade enfrentada pela Petrobras não é tão grande a ponto de perder o grau de investimento. "Esse é mais um sofrimento que passa a Petrobras. É uma tempestade que a Petrobras está enfrentando e ela será vencida", concluiu o ex-ministro.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que já esperava pelo rebaixamento em virtude do cenário que tomou conta da estatal. Para o líder, o que está em jogo não é o combate à corrupção, mas o projeto da oposição de mudar o modelo de partilha do pré-sal e entregá-lo às grandes petrolíferas estrangeiras.
O petista afirma que o novo presidente da empresa, Aldemir Bendine, vai recuperar a credibilidade da maior estatal brasileira e que o rebaixamento não prejudicará a recuperação da empresa. "A Petrobras é tão forte que vai sobreviver a tudo isso", previu.