Economia

Governo tem atenção e preocupação com economia, diz ministro

Segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, é preciso compreensão sobre o "processo longo de deterioração da economia"

Dyogo Oliveira: "2017 é um longo ano, ainda temos tempo para trabalhar e garantir esse crescimento" (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Dyogo Oliveira: "2017 é um longo ano, ainda temos tempo para trabalhar e garantir esse crescimento" (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 14h14.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse hoje (5) que o "governo está sempre em estado de atenção e preocupação" com a economia ao responder sobre a piora na projeção de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, este ano e para 2017.

"2017 é um longo ano, ainda temos tempo para trabalhar e garantir esse crescimento. O governo está sempre em estado de atenção e preocupação com a economia. Não é o indicador de uma semana que muda a nossa situação", afirmou o ministro, após participar da abertura da 3ª Conferência Nacional de Produtores e Usuários de Informações Estatísticas, Geográficas e Ambientais, no Rio de Janeiro.

"Nós desejamos que a economia se recupere o mais rapidamente e fortemente possível. Mas é preciso que tenhamos a compreensão de que nós estamos num processo longo de deterioração da economia. Recuperar essa economia demandará esforços grandes e decisivos do governo que estão sendo feitos tanto na área fiscal quanto na área das regulamentações", acrescentou.

Oliveira negou que esteja preparando algum pacote de medidas para acelerar a retomada econômica. "Não estamos preparando pacotes, O que temos é uma ação de governo, que já implementou várias medidas e ações e que naturalmente continuará atuando dessa maneira, trazendo propostas, alterando a legislação quando necessário, que abrem espaço para o desenvolvimento da economia".

Entre as ações tomadas pelo governo, o ministro citou a desregulamentação no setor de petróleo para atrair investimentos, a retomada do processo de privatização de empresas deficitárias, o lançamento de programas de parceria público-privada com a concessão de diversas áreas de infraestrutura, como os editais para a concessão de quatro aeroportos.

O ministro reconheceu que o país atravessa "grandes" desafios. "O Brasil não sofre restrição de ordem externa, mas os problemas são de ordem interna. O primeiro passo é a disciplina e a transparência fiscal com elementos importantes como a PEC que limita os gastos do governo, na sequência, talvez até hoje mesmo, o início do processo da reforma da Previdência, e um processo detalhado de avaliação das despesas públicas do governo federal, com a revisão do auxílio doença", disse, no evento.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGestão públicaGoverno

Mais de Economia

Plano Real, 30 anos: Carlos Vieira e o efeito desigual da hiperinflação no povo

IPCA-15 de julho fica em 0,30%; inflação acumulada de 12 meses vai a 4,45%

Estudo aponta que 1% mais rico aumentou fortuna em R$ 226 trilhões em 10 anos

Deputados resistem a congelar emendas após anúncio de bloqueio de R$ 15 bi no Orçamento

Mais na Exame