O Banco Central (BC) revisou para baixo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006. A instituição reduziu em 0,5 ponto percentual a expectativa de expansão, passando de 4% para 3,5%, segundo informa o Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira (28/9).

De acordo com o BC, a redução deve-se à "desaceleração do crescimento da atividade econômica no segundo trimestre, em ritmo maior do que então se antecipava". Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB acumulado no primeiro semestre de 2006 foi de 987,1 bilhões de reais.

O setor de serviços foi o que mais contribuiu para esse resultado, com 501,3 bilhões de reais, seguido da indústria, com 352,2 bilhões de reais, e da agropecuária, que contribuiu com 72,9 bilhões de reais.

Segundo trimestre

O PIB do segundo trimestre de 2006 foi de 508,7 bilhões de reais, sendo 453 bilhões de reais de valor adicionado à economia e 54,9 bilhões de reais de impostos sobre produtos. De abril a junho, o setor de serviços produziu 252,9 bilhões de reais, a indústria 184,5 bilhões de reais e a agropecuária, 37,9 bilhões de reais.

O consumo das famílias totalizou 282,3 bilhões de reais no período, enquanto o consumo do governo foi de 94,2 bilhões de reais e os investimentos somaram 102,2 bilhões de reais.

No segundo trimestre de 2006, a taxa de investimento foi a maior já registrada no período de abril a junho desde 1997 - 20,1% do PIB. Em compensação, a taxa de poupança ficou em 23,2% do PIB, abaixo da verificada no segundo trimestre de 2005, quando o percentual foi 23,9%.