Economia

Governo quer fatiar pagamento de abono salarial, diz Folha

Benefício que hoje é pago em quatro datas no segundo semestre teria novo prazo alongado para ano seguinte; ideia é conter gastos como parte do ajuste fiscal

Candidato quis saber o valor do salário dos outros funcionários da empresa (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Candidato quis saber o valor do salário dos outros funcionários da empresa (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 09h30.

São Paulo - As mudanças nas regras trabalhistas anunciadas pelo governo para conter gastos devem incluir um pagamento fatiado em 12 meses do abono salarial do PIS, de acordo com a Folha de São Paulo.

Em reportagem publicada hoje, o jornal diz que o benefício, hoje creditado em quatro datas no 2º semestre, teria um novo prazo que seria alongado até junho do ano seguinte. 

O governo estimou os gastos com o abono salarial em 2015 em R$ 10,125 bilhões - com a mudança, cerca de metade desse valor seria empurrado para 2016.

A proposta não está na Medida Provisória que mudou seguro-desemprego, pensão por morte e outras exigências do abono no final de 2014.

Segundo o jornal, o governo temia mais oposição das centrais sindicais e adiou o anúncio, já que a medida precisa ser aprovada pelo Condefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

O abono salarial é um benefício de um salário mínimo pago para o trabalhador que está cadastrado no PIS ou no PASESP há pelo menos cinco anos e manteve vínculo empregatício formal no ano anterior por pelo menos 30 dias e que recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais no período.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalBenefíciosCentrais sindicaisDireitos trabalhistasSalários

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo