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Governo prevê levantar US$ 70 bi com leilões do pré-sal, diz Mourão

Vice-presidente acredita que negociações comecem já no segundo semestre deste ano

Hamilton Mourão: Vice-presidente diz que governo mapeou mais de 140 empresas para privatizar (Romero Cunha/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 16h35.

São Paulo - O governo espera iniciar no segundo semestre os leilões de campos do pré-sal com os quais espera levantar cerca de 70 bilhões de dólares, disse nesta segunda-feira o vice-presidente, Hamilton Mourão , durante teleconferência organizada pelo Citi.

"De acordo com nosso ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, poderemos começar os leilões do pré-sal no segundo semestre", disse Mourão durante teleconferência fechada, em inglês, a qual a Reuters teve acesso.

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"Também segundo o Bento e o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, poderemos levantar cerca de 70 bilhões de dólares com os leilões destes campos", acrescentou Mourão, sem especificar prazo.

O governo anterior havia aprovado a 6ª rodada de licitação de áreas do pré-sal para novembro deste ano.

Há previsão ainda que a 7ª e 8ª rodadas do pré-sal ocorram em 2020 e 2021, respectivamente --mas não havia sido definido quanto poderia ser arrecadado com tais áreas.

O governo atual ainda trabalha para realizar um leilão de excedentes da área no pré-sal conhecida como cessão onerosa, ainda sem data definida. Autoridades estimaram anteriormente que tal licitação poderia arrecadar 130 bilhões de reais.

Perguntado sobre as expectativas do governo em relação à venda de estatais, Mourão afirmou que o governo federal mapeou mais de 140 empresas que poderão ser privatizadas.

"De acordo com Paulo Guedes, nosso ministro da Economia, esperamos levantar cerca de 50 bilhões a 70 bilhões de dólares em recursos financeiros, uma vez que vendamos todas essas empresas", afirmou Mourão na apresentação.

Previdência

O vice-presidente disse ainda na teleconferência que o governo tem "muito boas expectativas" em relação à aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional, especialmente após a eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado.

Tanto Rodrigo Maia (DEM-RJ) eleito na sexta-feira para a presidência da Câmara, quanto Davi Alcolumbre (DEM-AP), no sábado, têm manifestado apoio à votação do projeto.

"O Congresso está ciente de que se não houver reforma da Previdência vai ser muito ruim para o Brasil. Estamos muito confiantes de que reforma vai passar na Câmara e no Senado.", disse Mourão.

Segundo ele, o governo do presidente Jair Bolsonaro vai aproveitar itens da proposta encaminhada ao Congresso pelo antecessor, Michel Temer, para tentar acelerar a tramitação do projeto no Legislativo.

Uma decisão sobre idade mínima para aposentadoria ainda está sendo discutida, mas já está acertado que tanto os servidores públicos quanto os militares serão incluídos no texto da reforma que o governo enviará aos parlamentares, disse o vice-presidente.

 

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