Governo prepara medidas para aumentar exportação de veículos
Governo federal quer ampliar exportação de veículos em momento de queda de produção do setor. Setor pediu celeridade do governo nas negociações
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2015 às 19h32.
BRASÍLIA - O governo federal prepara medidas para ampliar a exportação de veículos num momento de forte queda da produção do setor automotivo e voltará a negociar com as montadoras em 15 dias, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, após uma reunião com autoridades e representantes de bancos públicos no Palácio do Planalto nesta quinta-feira.
"Entre os assuntos discutidos estão várias medidas adicionais à exportação", disse o dirigente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores a jornalistas.
Entre as medidas em análise pelo governo estão o financiamento por bancos públicos ao segmento de autopeças e a redução do Imposto de Importação em acordos comerciais específicos. O setor também pediu celeridade do governo nas negociações de acordo automotivo com Colômbia, Peru e Uruguai.
"Algumas medidas não houve análise profunda e houve pedido para que o grupo técnico aprofundasse essa análise", disse Moan.
Participaram do encontro com a Anfavea e montadoras nesta quinta-feira os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , que deveria participar do encontro, não esteve na reunião.
Mais cedo, uma fonte do governo que havia antecipado o caráter das medidas à Reuters informou que o governo queria rapidez na definição das ações para estimular as exportações e conter a queda na produção e que as medidas seriam anunciadas ainda nesta quinta-feira.
Responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país, o setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5 por cento na produção, acima do ritmo previsto para o ano pela Anfavea, de 17,8 por cento.
No fim do mês passado, o governo apresentou um Plano de Exportação sustentado em parte pela ampliação em 2,9 bilhões de dólares, ante 2 bilhões de dólares, dos recursos do BNDES Exim para pós-embarque neste ano. Também foi anunciado o aumento em 15 bilhões de dólares ao limite para aprovação de novas operações do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).
Câmbio favorável
Com a demanda interna enfraquecida pelo desaquecimento da economia, governo e montadoras vão buscar ajustar os estoques e conter a forte queda na produção com a ampliação das exportações num momento em que o câmbio está mais favorável às vendas externas.
Na época em que o governo anunciou o Plano de Exportações, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o novo patamar de câmbio é um estímulo às exportações e que os recursos para ampliar o financiamento às exportações não seriam contingenciados mesmo num momento marcado por forte ajuste fiscal das contas públicas.
BRASÍLIA - O governo federal prepara medidas para ampliar a exportação de veículos num momento de forte queda da produção do setor automotivo e voltará a negociar com as montadoras em 15 dias, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, após uma reunião com autoridades e representantes de bancos públicos no Palácio do Planalto nesta quinta-feira.
"Entre os assuntos discutidos estão várias medidas adicionais à exportação", disse o dirigente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores a jornalistas.
Entre as medidas em análise pelo governo estão o financiamento por bancos públicos ao segmento de autopeças e a redução do Imposto de Importação em acordos comerciais específicos. O setor também pediu celeridade do governo nas negociações de acordo automotivo com Colômbia, Peru e Uruguai.
"Algumas medidas não houve análise profunda e houve pedido para que o grupo técnico aprofundasse essa análise", disse Moan.
Participaram do encontro com a Anfavea e montadoras nesta quinta-feira os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , que deveria participar do encontro, não esteve na reunião.
Mais cedo, uma fonte do governo que havia antecipado o caráter das medidas à Reuters informou que o governo queria rapidez na definição das ações para estimular as exportações e conter a queda na produção e que as medidas seriam anunciadas ainda nesta quinta-feira.
Responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país, o setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5 por cento na produção, acima do ritmo previsto para o ano pela Anfavea, de 17,8 por cento.
No fim do mês passado, o governo apresentou um Plano de Exportação sustentado em parte pela ampliação em 2,9 bilhões de dólares, ante 2 bilhões de dólares, dos recursos do BNDES Exim para pós-embarque neste ano. Também foi anunciado o aumento em 15 bilhões de dólares ao limite para aprovação de novas operações do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).
Câmbio favorável
Com a demanda interna enfraquecida pelo desaquecimento da economia, governo e montadoras vão buscar ajustar os estoques e conter a forte queda na produção com a ampliação das exportações num momento em que o câmbio está mais favorável às vendas externas.
Na época em que o governo anunciou o Plano de Exportações, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o novo patamar de câmbio é um estímulo às exportações e que os recursos para ampliar o financiamento às exportações não seriam contingenciados mesmo num momento marcado por forte ajuste fiscal das contas públicas.