Governo permite alta em preços de pedágios
Ao elevar o teto das tarifas, o governo ignorou as sugestões de um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que havia determinado redução nos preços
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2013 às 10h08.
Brasília - Pressionado pelo setor privado, o governo cortou a projeção de crescimento econômico embutido nos dois editais de concessão rodoviária divulgados ontem, de um trecho da BR-163 no Mato Grosso e um conjunto formado pelas BRs 060,153 e 262 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Com isso, caiu também a projeção de tráfego e, por consequência, a expectativa de receita do concessionário. Para compensar, eles foram autorizados a cobrar pedágios mais elevados.
Para a BR-163 (MT), que será licitada em 27 de novembro, o teto para o valor do pedágio a cada 100 km passou para R$ 5,50, 31,89% maior que o previsto nos estudos de viabilidade econômica, de R$ 4,17. A receita prevista, que era de R$ 17,421 bilhões, passou para R$ 14,749 bilhões. O lote tem extensão de 850,9 km.
Para a BR-060/153/262 (DF-GO-MG), que vai a leilão em 4 de dezembro, a o teto da tarifa a cada 100 km passou para R$ 5,94, alta de 17,62% em relação ao previsto nos estudos, de R$ 5,05. A receita prevista, que era de R$ 26 bilhões, passou para R$ 22,955 bilhões. O lote tem extensão de 1.176 km.
Anteriormente, o governo trabalhava com o crescimento potencial do PIB, por isso as projeções estavam acima de 3% nos próximos 30 anos. Essa estimativa foi considerada exageradamente otimista pelas empresas. Por isso, a taxa foi cortada para algo na casa de 2%, alinhada com as estimativas do mercado financeiro.
O governo também alterou no edital a relação entre o crescimento do PIB e do tráfego. O documento divulgado ontem (18) passa a considerar a seguinte relação: para cada 1 ponto porcentual de alta do PIB, haveria um aumento no movimento de veículos na mesma proporção.
Antes, a União considerava que, para cada 1 pp de PIB, haveria um crescimento de 1,2 pp para veículos leves e 1,5 pp para veículos pesados nos primeiros dez anos de concessão. Nos 20 seguintes, a relação passaria a ser de 1 para 1.
Para a BR-163 (MT), o governo fez uma outra alteração pedida pelas potenciais interessadas e passou a considerar que a rodovia vai perder parte do fluxo dos veículos de carga que hoje levam a produção agrícola a portos do Sul e Sudeste do País para outra estrada até o Porto de Santarém (PA).
Ao elevar o teto das tarifas, o governo ignorou as sugestões de um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ao aprovar os estudos de viabilidade das duas rodovias, o TCU havia determinado uma redução maior nos preços. Para a BR-163 (MT), o TCU havia sugerido uma tarifa máxima de R$ 4,05 a cada 100 km, e para a BR-060/153/262, a tarifa ficaria em R$ 4,87. O TCU afirmou que, após a publicação acórdão, o Executivo modificou os estudos de viabilidade que foram alvo de análise, o que causou impacto na formação dos preços dos pedágios. (colaborou Lu Aiko Otta) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. P
Brasília - Pressionado pelo setor privado, o governo cortou a projeção de crescimento econômico embutido nos dois editais de concessão rodoviária divulgados ontem, de um trecho da BR-163 no Mato Grosso e um conjunto formado pelas BRs 060,153 e 262 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Com isso, caiu também a projeção de tráfego e, por consequência, a expectativa de receita do concessionário. Para compensar, eles foram autorizados a cobrar pedágios mais elevados.
Para a BR-163 (MT), que será licitada em 27 de novembro, o teto para o valor do pedágio a cada 100 km passou para R$ 5,50, 31,89% maior que o previsto nos estudos de viabilidade econômica, de R$ 4,17. A receita prevista, que era de R$ 17,421 bilhões, passou para R$ 14,749 bilhões. O lote tem extensão de 850,9 km.
Para a BR-060/153/262 (DF-GO-MG), que vai a leilão em 4 de dezembro, a o teto da tarifa a cada 100 km passou para R$ 5,94, alta de 17,62% em relação ao previsto nos estudos, de R$ 5,05. A receita prevista, que era de R$ 26 bilhões, passou para R$ 22,955 bilhões. O lote tem extensão de 1.176 km.
Anteriormente, o governo trabalhava com o crescimento potencial do PIB, por isso as projeções estavam acima de 3% nos próximos 30 anos. Essa estimativa foi considerada exageradamente otimista pelas empresas. Por isso, a taxa foi cortada para algo na casa de 2%, alinhada com as estimativas do mercado financeiro.
O governo também alterou no edital a relação entre o crescimento do PIB e do tráfego. O documento divulgado ontem (18) passa a considerar a seguinte relação: para cada 1 ponto porcentual de alta do PIB, haveria um aumento no movimento de veículos na mesma proporção.
Antes, a União considerava que, para cada 1 pp de PIB, haveria um crescimento de 1,2 pp para veículos leves e 1,5 pp para veículos pesados nos primeiros dez anos de concessão. Nos 20 seguintes, a relação passaria a ser de 1 para 1.
Para a BR-163 (MT), o governo fez uma outra alteração pedida pelas potenciais interessadas e passou a considerar que a rodovia vai perder parte do fluxo dos veículos de carga que hoje levam a produção agrícola a portos do Sul e Sudeste do País para outra estrada até o Porto de Santarém (PA).
Ao elevar o teto das tarifas, o governo ignorou as sugestões de um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ao aprovar os estudos de viabilidade das duas rodovias, o TCU havia determinado uma redução maior nos preços. Para a BR-163 (MT), o TCU havia sugerido uma tarifa máxima de R$ 4,05 a cada 100 km, e para a BR-060/153/262, a tarifa ficaria em R$ 4,87. O TCU afirmou que, após a publicação acórdão, o Executivo modificou os estudos de viabilidade que foram alvo de análise, o que causou impacto na formação dos preços dos pedágios. (colaborou Lu Aiko Otta) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. P