Economia

Governo garantirá preço mínimo a criadores de suínos

A intenção do governo é garantir o escoamento da carne das regiões com criação e cobrir os custos do setor

Porcos: o setor alega que vem enfrentando dificuldades para cobrir os custos de produção por causa do alto preço do milho, principal insumo na criação de porcos (Getty Images)

Porcos: o setor alega que vem enfrentando dificuldades para cobrir os custos de produção por causa do alto preço do milho, principal insumo na criação de porcos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 20h27.

Brasília - O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou hoje (19) que o governo federal vai garantir preço mínimo de R$ 2,30 por quilo de carne suína vendida pelos criadores. A subvenção será feita por meio de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), com o pagamento de até R$ 0,40 por quilo que a indústria comprar. A intenção do governo é garantir o escoamento da carne das regiões com criação e cobrir os custos do setor.

“Isso vai permitir que tenhamos essa crise totalmente debelada”, disse o ministro. Ele lembrou outras medidas já tomadas nos últimos dias, como a renovação das dívidas de custeio para até 31 de janeiro de 2013, com possibilidade de prorrogar por cinco anos em caso de incapacidade de pagamento. “Para as dívidas de investimento, poderão prorrogar a parcela vincenda em 2012 para um ano após vencimento da última parcela”, completou.

Mendes Ribeiro disse que a medida anunciada hoje (19) será publicada oficialmente após a aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem sua próxima reunião marcada para o dia 26. Segundo o secretário de Política Agrícola do ministério, Caio Rocha, será apoiada a comercialização de 76 mil toneladas de suínos vivos, o que representará um custo para o governo de até R$ 30,4 milhões em subvenções.

Além da prorrogação das dívidas, foi anunciada na semana passada a criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para os suinocultores comprarem leitões ao preço de R$ 3,60 por quilo, com a disponibilização de até R$ 200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano.

O setor alega que vem enfrentando dificuldades para cobrir os custos de produção por causa do alto preço do milho, principal insumo na criação de porcos, e pelos baixos valores recebidos pela carne em decorrência da demanda desaquecida.

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