Economia

Governo fará desoneração para exportadores, diz Pimentel

Ministro confirmou que medidas já estão sendo estudadas para compensar a perda de competitividade do setor devido ao câmbio

Pimentel defendeu medidas para garantir a competitividade da indústria brasileira

Pimentel defendeu medidas para garantir a competitividade da indústria brasileira

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 17h35.

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que o governo prepara medidas para contrabalancear a perda de competitividade brasileira causada pelo câmbio e aumentar o consumo interno.

O conjunto de medidas deverá incluir desonerações, incentivos pesados à inovação, aos investimentos, e um reforço nas linhas de financiamento para exportação. “Eu espero que [sejam implementadas] na virada do mês, mas eu não posso falar prazos porque quem determina é a presidenta”.

Também deverá constar das medidas uma política de compras governamentais com forte conteúdo nacional. Pimentel disse que “dentro de alguns dias, talvez semanas”, o governo deverá adotar estas novas medidas.

“Já existe essa política nas compras da Petrobras e alguma coisa do setor elétrico, mas ela pode ir muito além. Os governos estaduais, municipais, e federal são grandes compradores. Se nós colocarmos conteúdo nacional nessas compras, nós vamos beneficiar nossa indústria como um todo”, disse o ministro.

“Não tem nada de errado, nada de retrógrado, nem protecionista. Isto é o que todos os países do mundo fazem para defender a sua economia, defender os seus empregos, empresários e os seus trabalhadores”, defendeu Pimentel.

De acordo com o ministro, o segmento mais prejudicado é o da indústria pesada e a manufatureira, grandes geradoras de empregos no país. Pimentel voltou a dizer que o problema cambial não tem como ser resolvido com medidas internas, e não está ao alcance das ações do governo. “Ela não depende da nossa vontade. Ela tem a ver com a política monetária principalmente dos Estados Unidos, que faz uma política monetária expansionista, quase no limite da irresponsabilidade”.

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