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Governo estuda postergar reajuste salarial a servidores

Segundo duas fontes do governo, está sendo estudado postergar a parcela do reajustes de janeiro de 2018 para o segundo semestre do ano que vem

Salário: "O que está se discutindo, o que pode se discutir é a postergação de um reajuste que já foi aprovado" (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2017 às 17h36.

Brasília - A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou nesta quarta-feira que o governo estuda postergar o reajuste salarial já aprovado para servidores públicos, dentro de esforço para contenção das despesas públicas.

"O que está se discutindo, o que pode se discutir é a postergação de um reajuste que já foi aprovado", afirmou. "Prorrogação por alguns meses, prorrogação em algum período", acrescentou ela, em coletiva de imprensa.

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Segundo duas fontes do governo com conhecimento sobre o assunto disseram à Reuters, está sendo estudado postergar a parcela do reajustes de janeiro de 2018 para o segundo semestre do ano que vem. O reajuste foi acertado no passado, em acordo de que seria escalonado em quatro vezes anuais.

Ao ser questionada sobre a viabilidade da meta de déficit primário deste ano, de 139 bilhões de reais para o governo central, Ana Paula reconheceu que o alvo é desafiador, mas disse haver condições e compromisso pleno para seu cumprimento.

"Temos time coeso no ministério da Fazenda e confiança muito grande na liderança do ministro (Henrique) Meirelles na condução desse processo", afirmou.

Sobre o tema, Ana Paula também afirmou que não há nenhuma discussão sobre alteração da meta fiscal dentro do Tesouro e destacou não existir plano B quanto à eventual frustração com receitas previstas com concessões e permissões.

Neste mês, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu alerta aos ministérios da Fazenda e do Planejamento sobre o risco de não cumprimento da meta fiscal, apontando que dos 20,7 bilhões de reais esperados pelo governo com concessões e permissões, apenas 1,4 bilhão de reais decorrentes de leilões de aeroportos têm previsão concreta de pagamento, o que deverá ocorrer em agosto.

Ana Paula mostrou-se confiante na realização dos leilões de óleo e gás e de hidrelétricas da Cemig, e lembrou que a equipe econômica prevê outras receitas "prováveis" que podem reforçar o caixa da União em 5 a 6 bilhões de reais neste ano. Ela disse, contudo, só serão incluídas no Orçamento quando houver firmeza quanto à sua realização.

"(São) algumas concessões adicionais, que não estão no (último relatório de receitas e despesas) bimestral, uma adição de precatórios que está sob auditoria nas contas de um dos bancos que detém esses depósitos e ainda o pagamento de outorga que está dependendo de decisões de agência reguladora", afirmou.

Após reunião realizada mais cedo com representante da agência de classificação de risco Standard & Poor's, a secretária do Tesouro avaliou o encontro como "ótimo" e disse que a Fazenda mostrou a agenda legislativa prevista até o final do ano, com destaque para a importância da reforma previdenciária e da Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituirá a TJLP nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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