Governo eleva CSLL de bancos a 20%, diz fonte do governo
Segundo fonte do governo, a alíquota da CSLL de bancos e corretoras será elevada para 20%, em mais uma medida de ajuste fiscal
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 21h37.
O governo decidiu elevar em 5 ponto percentuais, para 20 por cento, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de bancos e outras instituições financeiras, como corretoras, em mais uma medida de ajuste fiscal , disse à Reuters nesta quinta-feira uma fonte do governo com conhecimento do assunto.
"O aumento vai ser feito por medida provisória", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. A elevação da alíquota vai gerar, de acordo com cálculos do governo, uma receita adicional ao ano de 3 bilhões a 4 bilhões de reais.
As ações dos bancos vem sofrendo na Bovespa desde o início da semana, quando começaram a surgir especulações sobre a elevação de tributos sobre os setor e o fim do juro sobre capital próprio.
No início da semana, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo avaliava a possibilidade de elevar tributos dependendo do andamento das medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional.
As mudanças realizadas pelo Congresso até o momento nas medidas provisórias 664 e 665, que alteram as regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas, reduziram a expectativa de ganho com essas medidas neste ano em 3,5 bilhões de reais, de acordo com estimativas do governo.
As MPs ainda estão tramitando no Legislativo. O governo também já não pode contar com a estimativa de ganho de 5 bilhões de reais neste ano com a reversão parcial da desoneração da folha de pagamento das empresas, já que provavelmente as mudanças entrarão em vigor apenas no fim do ano.
Nesta quinta-feira, a Receita Federal voltou a divulgar dados decepcionantes sobre a arrecadação, que caiu em abril para 109,241 bilhões de reais, no pior resultado para o mês em cinco anos. Durante a entrevista, técnicos da Receita disseram que novas medidas tributárias seriam adotadas para reforçar as contas públicas.
Para retomar a confiança do investidor, o governo está perseguindo uma meta de superávit primário neste ano de 66,3 bilhões de reais, equivalente a cerca de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Mas nos 12 meses encerrados em março, o setor público ainda registra déficit primário de 0,7 por cento do PIB.
A elevação da CSLL não é o primeiro aumento de tributos adotado pelo governo neste ano. Em janeiro, o governo anunciou a retomada da cobrança da Cide-Combustível, elevação da alíquota do IOF nas operações de crédito de pessoas físicas e do PIS/Cofins de produtos importados.
Além do aumento de tributos, o governo também irá promover um grande redução nos gastos. Deve ser anunciado nesta sexta-feira o contigenciamento do Orçamento deste ano, que poderá chegar a 80 bilhões de reais.
O governo decidiu elevar em 5 ponto percentuais, para 20 por cento, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de bancos e outras instituições financeiras, como corretoras, em mais uma medida de ajuste fiscal , disse à Reuters nesta quinta-feira uma fonte do governo com conhecimento do assunto.
"O aumento vai ser feito por medida provisória", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. A elevação da alíquota vai gerar, de acordo com cálculos do governo, uma receita adicional ao ano de 3 bilhões a 4 bilhões de reais.
As ações dos bancos vem sofrendo na Bovespa desde o início da semana, quando começaram a surgir especulações sobre a elevação de tributos sobre os setor e o fim do juro sobre capital próprio.
No início da semana, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo avaliava a possibilidade de elevar tributos dependendo do andamento das medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional.
As mudanças realizadas pelo Congresso até o momento nas medidas provisórias 664 e 665, que alteram as regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas, reduziram a expectativa de ganho com essas medidas neste ano em 3,5 bilhões de reais, de acordo com estimativas do governo.
As MPs ainda estão tramitando no Legislativo. O governo também já não pode contar com a estimativa de ganho de 5 bilhões de reais neste ano com a reversão parcial da desoneração da folha de pagamento das empresas, já que provavelmente as mudanças entrarão em vigor apenas no fim do ano.
Nesta quinta-feira, a Receita Federal voltou a divulgar dados decepcionantes sobre a arrecadação, que caiu em abril para 109,241 bilhões de reais, no pior resultado para o mês em cinco anos. Durante a entrevista, técnicos da Receita disseram que novas medidas tributárias seriam adotadas para reforçar as contas públicas.
Para retomar a confiança do investidor, o governo está perseguindo uma meta de superávit primário neste ano de 66,3 bilhões de reais, equivalente a cerca de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Mas nos 12 meses encerrados em março, o setor público ainda registra déficit primário de 0,7 por cento do PIB.
A elevação da CSLL não é o primeiro aumento de tributos adotado pelo governo neste ano. Em janeiro, o governo anunciou a retomada da cobrança da Cide-Combustível, elevação da alíquota do IOF nas operações de crédito de pessoas físicas e do PIS/Cofins de produtos importados.
Além do aumento de tributos, o governo também irá promover um grande redução nos gastos. Deve ser anunciado nesta sexta-feira o contigenciamento do Orçamento deste ano, que poderá chegar a 80 bilhões de reais.