Economia

Governo diz que não encaminhará proposta de elevação do IR

O presidente Michel Temer havia dito mais cedo que a equipe econômica do governo estudava uma alíquota maior para o imposto

IR: a proposta seria a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de IR para quem ganha mais de R$ 20 mil (Picasso2/Thinkstock)

IR: a proposta seria a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de IR para quem ganha mais de R$ 20 mil (Picasso2/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 19h59.

Brasília - Após avaliar que as declarações do presidente Michel Temer causaram mal entendidos, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou nota oficial nesta terça-feira, 8, para esclarecer que a presidência da República "não encaminhará proposta de elevação do Imposto de Renda ao Congresso Nacional".

Mais cedo, em São Paulo, o presidente disse que equipe econômica do governo estuda uma alíquota maior para o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Ponderou, no entanto, que ainda não é o momento para isso. "Não há nada decidido", disse, após participar de evento da Fenabrave em São Paulo.

"O presidente Michel Temer fez hoje menção genérica a estudos da área econômica, que são permanentemente feitos. Esclarecemos que hoje esses estudos estão focados prioritariamente em reduzir despesas e cortar gastos, na tentativa obstinada de evitar o aumento da carga tributária brasileira. E com esse foco o governo federal continuará trabalhando", diz o texto da Secom.

Pacote

Conforme mostrou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado,para fechar o Orçamento de 2018, a equipe econômica trabalha com um pacote de aumento de impostos que deve atingir principalmente os contribuintes com renda mais alta.

Entre as propostas em estudo está a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de Imposto de Renda para quem ganha mais de R$ 20 mil mensais, o que poderia garantir até R$ 4 bilhões a mais para os cofres públicos. Já a tributação de lucros e dividendos poderia render ao menos R$ 15 bilhões em 2018.

O Ministério da Fazenda prepara um cardápio de propostas para apresentar ao presidente, que ainda vai analisar a viabilidade política de encaminhá-las ao Congresso.

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