Complexo eólico no Ceará: em dez anos, debêntures verdes podem gerar 25.000 MW em novas centrais eólicas, segundo o governo (Luis Salvatore/Pulsar)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2020 às 14h41.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que as debêntures verdes lançadas por decreto na última sexta-feira vão impulsionar investimentos de mais de R$ 170 bilhões até 2029 em fontes de energia renováveis, acrescentando 36 mil megawatts de capacidade instalada no sistema.
Segundo o MME, as debêntures verdes, que visam projetos de infraestrutura que proporcionem benefícios ambientais ou sociais relevantes, vão dar novo impulso por criar condições mais favoráveis de financiamento.
Poderão usar o instrumento projetos de pequenas centrais hidrelétricas, centrais geradoras eólicas, usinas fotovoltaicas e usinas movidas a resíduos sólidos urbanos (o conhecido lixo produzido em nossas cidades).
A expectativa do MME é de que serão implantados no País, nos próximos 10 anos, "mais de 3.000 MW em novos projetos de pequenas centrais hidrelétricas, mais de 25.000 MW em novas centrais geradoras eólicas e mais de 8.000 MW em novas usinas fotovoltaicas", disse em nota.
Em relação ao setor de resíduos sólidos urbanos para geração de energia, o MME destacou que as usinas possibilitarão reduzir a contaminação do solo e das águas provocada pelos mais de 2.500 "lixões" ainda ativos no país e atrair investimentos de R$ 5 bilhões até 2029 e gerar milhares de empregos.