Governo de SC descarta privatização da distribuidora SCGás
O BNDES havia divulgado nesta semana que Santa Catarina estaria interessada em desestatizar sua empresa de distribuição de gás
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de julho de 2017 às 17h58.
São Paulo - A distribuidora de gás natural de Santa Catarina , a SCGás, controlada pela Celesc, divulgou na tarde desta sexta-feira, 28, uma nota na qual nega que o governo catarinense esteja interessado neste momento na privatização da companhia.
O texto é uma resposta a declarações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que divulgou esta semana que Santa Catarina estaria entre os sete Estados que teriam manifestado interesse na desestatização de sua empresa de distribuição de gás.
A empresa afirma que em maio o governo de Santa Catarina já havia descartado esta hipótese.
"O governador Raimundo Colombo diz que quaisquer discussões sobre privatizações devem ser discutidas no início de um novo governo e não por um governo que se encaminha para o fim", cita a nota.
Ainda segundo a SCGás, o presidente da companhia, Cósme Polêse, que tem mantido conversas com Colombo, reforçou que não há movimento do Estado que leve a venda das ações da empresa.
"A SCGÁS é uma companhia lucrativa, que não opera com orçamento do governo, e tem um forte papel no desenvolvimento da economia da região por meio da implantação de infraestrutura de rede de distribuição de gás. Além disso, atende majoritariamente o setor industrial catarinense, permitindo que mais de duas centenas de empresas tenham competitividade para concorrer no mercado nacional e internacional", declarou.
Na nota, Polêse também diz que a distribuidora passa por aperfeiçoamento na sua gestão e alega que a sociedade catarinense "anseia por uma empresa que amplie os seus investimentos em detrimento ao lucro, o que poderia ficar em segundo plano com a privatização".
A distribuidora destaca, ainda, que já vive um momento "complexo" no que diz respeito a sua composição acionária, depois que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Vara da Fazenda Pública de Santa Catarina questionaram a distribuição das ações da companhia, divididas hoje entre a Celesc, a Mitsui Gás e Energia, a Gaspetro e a Infragás.
Além disso, lembrou que os órgãos também discutem alguns pontos do contrato de concessão, válido até 2044.