Economia

Governo conta com 147 dos 257 votos necessários para aprovar regra fiscal

Por ser um projeto de lei complementar, o novo marco fiscal - substituto do teto de gastos, que vigorou nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro

No Placar do Arcabouço Fiscal, dos 455 deputados abordados pela reportagem até a conclusão desta edição (58 não foram encontrados), 108 se mostraram totalmente favoráveis à proposta (Alessandra Azevedo/Exame)

No Placar do Arcabouço Fiscal, dos 455 deputados abordados pela reportagem até a conclusão desta edição (58 não foram encontrados), 108 se mostraram totalmente favoráveis à proposta (Alessandra Azevedo/Exame)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2023 às 10h27.

Última atualização em 23 de maio de 2023 às 10h33.

Apesar de o governo prometer um placar expressivo na votação do arcabouço fiscal na Câmara, prevista para esta semana, até esta segunda-feira, 22, apenas 147 deputados haviam declarado abertamente que votariam a favor da nova regra fiscal para controle das contas públicas, segundo levantamento do Estadão. Por ser um projeto de lei complementar, o novo marco fiscal - substituto do teto de gastos, que vigorou nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro - requer maioria absoluta, ou seja, 257 votos.

Placar do Arcabouço Fiscal

No Placar do Arcabouço Fiscal, dos 455 deputados abordados pela reportagem até a conclusão desta edição (58 não foram encontrados), 108 se mostraram totalmente favoráveis à proposta; 39 se declararam favoráveis mas com ressalvas; e 48, contrários. A maioria (260 deputados), porém, não quis responder - um sinal de que as negociações continuam.

Na quarta-feira passada, 17, o projeto teve o regime de urgência (tramitação acelerada) aprovado com ampla folga: 367 votos favoráveis e 102 contrários. Isso garante que o projeto "fure a fila" de votação e vá diretamente a plenário, sem passar por comissões.

O Estadão começou a consultar a posição dos parlamentares quando o texto do Ministério da Fazenda foi entregue ao Congresso, em 18 de abril. Inicialmente, a maioria dos deputados dizia que esperaria o relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA) para analisar as eventuais mudanças na proposta.

No entanto, mesmo depois da apresentação do texto, na segunda-feira da semana passada, 15, até ontem a maioria expressiva dos parlamentares ainda não declarava abertamente o apoio ao projeto, do qual depende a agenda econômica do governo Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se mostrado confiante. "Mais de 300 votos eu garanto", afirmou na última quarta-feira. Segundo ele, o objetivo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é conseguir quórum de emenda constitucional (308 votos) para votação da nova regra fiscal, para que o tema não precise ser discutido novamente em um futuro próximo.

Acompanhe tudo sobre:Novo arcabouço fiscalGovernoCongressoeconomia-brasileira

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor