Metalúrgica: China responde por cerca de metade da produção global e o excesso de oferta no setor tem ajudado a empurrar os estoques do mundo para uma alta recorde (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 11h36.
Hong Kong - A China planeja estimular produtoras de alumínio locais a aumentarem o investimento no exterior ao invés de expandirem as atividades no país, sinalizando o desespero crescente para aliviar um excesso de oferta doméstica.
Participantes do mercado disseram que o governo estava se atendo a ninharias e que poucas empresas do maior mercado produtor e consumidor de alumínio do mundo passariam a levar a capacidade para o exterior no curto prazo, já que o excesso de oferta é um problema internacional.
Mas a possibilidade de uma mudança no longo prazo poderia assustar companhias globais, como Alcoa e Rusal, que passariam a se preocupar com a ameaça dos competidores chineses aos seus negócios, especialmente se as companhias recebessem subsídios, como acontece com algumas delas no mercado doméstico.
A China responde por cerca de metade da produção global e o excesso de oferta no setor tem ajudado a empurrar os estoques do mundo para uma alta recorde, com os preços no menor preço em quatro anos, abaixo de 1.800 dólares a tonelada em junho.
O país está lutando para encontrar soluções para o problema de oferta de capacidade em casa, buscando balancear o desejo das empresas de alumínio de se expandirem no longo prazo com a dura realidade do mercado.
Fontes da indústria disseram que o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma haviam mantido conversas com metalúrgicas e que novas medidas seriam anunciadas em breve.
As fontes disseram que, juntamente com o plano para incentivo de alguma produção no exterior, as medidas reforçariam etapas anteriores para aumentar o consumo de alumínio no mercado interno e eliminar progressivamente a capacidade ultrapassada.