Economia

Governo aposta no cooperativismo para reduzir pobreza extrema

Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, lembrou que 16 milhões de pessoas ainda estão em estado de miséria no país

Gilberto Carvalho: produção familiar pode garantir a segurança alimentar no país (Antonio Cruz/ABr)

Gilberto Carvalho: produção familiar pode garantir a segurança alimentar no país (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 17h25.

Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, destacou hoje (19), ao participar da abertura do 3º Congresso Nacional do Cooperativismo Solidário, em Brasília, a importância do cooperativismo para a produção de alimentos e a erradicação da miséria. “São vocês [cooperativistas] que estão construindo o que nós sonhamos para o Brasil. Apesar de todo empenho do governo [do ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva] em fazer a inclusão social, são mais de 16 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria”, disse o ministro.

O congresso reúne representantes do governo e de 600 cooperativas de agricultura familiar de todo o país, além de entidades da sociedade civil, para discutir diretrizes às politicas públicas de incentivo ao cooperativismo. O congresso é promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, Sebrae, pela Fundação Banco do Brasil e União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

Para a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Maya Takagi, por meio da agricultura familiar as cooperativas têm condições de garantir a segurança alimentar no país. Além disso, as cooperativas podem contribuir com o governo para erradicação da miséria extrema, no sentido de identificar as famílias que vivem abaixo da linha da miséria.

“ A cooperativa é feita por pessoas que moram nas comunidades, nos assentamentos. Essas pessoas sabem onde está a pobreza extrema. Para nós do governo é difícil descobrir uma família que, às vezes, não tem documentos, não está incluída em nenhum programa social. Ela fica invisível para o governo, mas as cooperativas conseguem chegar até ela”, explicou Takagi.

Para presidente da Unicafes, José Paulo Ferreira, apesar dos entraves burocráticos à criação e à manutenção das cooperativas, como a legislação desatualizada, há o que comemorar. "As cooperativas estão conseguindo produzir em larga escala e comercializar seu produtos, por causa dos programas [sociais do governo voltados aos pequenos agricultores e às cooperativas]”. O congresso vai até o dia 21.

Acompanhe tudo sobre:Gestão públicaGoverno DilmaPobreza

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor