Economia

Gastos dos brasileiros no exterior crescem 58% em 2010, diz Visa

Desembolsos dos turistas com cartões Visa saltaram dos US$ 3,1 bilhões em 2009 para US$ 4,8 bilhões em 2010

Bagagens em Aeroporto (Stock.XCHNG)

Bagagens em Aeroporto (Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 16h56.

São Paulo - Os gastos de brasileiros no exterior feitos por meio de todas as modalidades (débito, crédito e pré-pago) de cartões Visa cresceram 58% no ano passado em comparação com o exercício anterior, estimulados pela valorização do real sobre o dólar. Com isso, os desembolsos dos turistas consumidores saltaram dos US$ 3,1 bilhões em 2009 para US$ 4,8 bilhões em 2010.

Os dados são do relatório Perspectivas do Turismo: Brasil, da Visa, e mostram que o Brasil contribuiu "significativamente" para a economia do turismo mundial. "Isso denota a confiança do brasileiro na estabilidade econômica do País", informa a empresa em comunicado à imprensa.

Em contrapartida, o gasto dos estrangeiros que visitaram o Brasil em 2010 foi 12% maior que os turistas que escolheram o País como destino em 2009, conforme a VisaVue Travel Data. O montante total passou de US$ 1,8 bilhão para US$ 2,1 bilhões no ano passado.

De acordo com o relatório, dos 25 países que mais enviaram visitantes ao Brasil em 2010, somente três não elevaram seus gastos no mercado local. Os sul-coreanos (+102%) lideraram o ranking dos turistas que mais gastaram no Brasil, seguidos pelos angolanos (+94%) e chineses (+51%).

Na análise por destino escolhido pelos brasileiros, o destaque foi para a África do Sul. Os portadores do cartão Visa gastaram 112% a mais com turismo para o país no ano passado, quando viajaram para acompanhar a Copa do Mundo. No entanto, os EUA continuam sendo o destino internacional preferido dos brasileiros.

Segundo Rubén Osta, diretor-geral da Visa do Brasil, é importante que o Brasil entenda os fatores que influenciam os gastos dos visitantes já que será o anfitrião da Copa do Mundo Fifa 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016. "O País tem de aprender com a experiência de outros países-sede como se preparar e gerenciar adequadamente esse aumento no fluxo de turistas, no faturamento e nos trabalhos de infraestrutura que estão por vir."

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