Economia

Gasolina sobe pela 6ª semana seguida mesmo sem reajuste da Petrobras (PETR4)

Já são seis aumentos semanais seguidos ao consumidor, apesar de a Petrobras manter o preço do combustível congelado há 83 dias em suas refinarias

 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2022 às 19h47.

A gasolina subiu de preço nos postos de abastecimento pela sexta semana seguida, e permanece acima dos R$ 5 por litro, mostra levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Desta vez, entre 13 e 19 de novembro, diz a ANP, o preço médio do litro do combustível nas bombas subiu 0,6%, para R$ 5,05, ante R$ 5,02 na semana imediatamente anterior.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Já são seis aumentos semanais seguidos ao consumidor, apesar de a Petrobras (PETR4) manter o preço do combustível congelado há 83 dias em suas refinarias. A gasolina sobe desde 2 de outubro, quando o litro chegou a R$ 4,79. Desde então, o produto acumula alta de 5 4% nas bombas.

Os aumentos mais recentes se devem, sobretudo, à alta de preços do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina. Na semana de referência, o litro do biocombustível recuou 0,73%, para R$ 3,27. Nas últimas dez semanas, porém, a alta acumulada do insumo já chega a 15,2%. Esse aumento vai sendo aos poucos repassado ao preço final da gasolina.

Nas semanas anteriores, pesaram aumentos pontuais no preço da gasolina realizados por refinarias privadas, importadores e varejistas. Mas a maior dessas refinarias totalmente privadas, a de Mataripe (BA), da Acelen, vem reduzindo seus preços há pelo menos três semanas. A Acelen responde por cerca de 14% da produção nacional de gasolina.

A redução no preço da gasolina foi uma das bandeiras da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O preço começou a cair no fim de junho, quando o preço médio do litro da gasolina chegou a um pico de R$ 7,39 por litro. O governo conseguiu reduzir impostos federais e estaduais, medidas que foram seguidas de quatro reduções no preço praticado pela Petrobras nas refinarias.

A ofensiva fez o preço do combustível baixar até 35%, mas, com a alta das cotações internacionais do petróleo e derivados, a Petrobras ficou sem espaço para novas reduções e altas no preço final ao consumidor foram verificadas ainda entre o primeiro e segundo turno das eleições.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:ANPGasolinaPetrobrasPetróleoReajustes de preços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto