Economia

G20 focará em 4 formas de impulsionar crescimento econômico

Discussões podem ser complicadas por turbulências em mercados emergentes


	Reunião do G20: quatro áreas de foco serão investimento, emprego, comércio e competição
 (Sergei Karpukhin/Reuters)

Reunião do G20: quatro áreas de foco serão investimento, emprego, comércio e competição (Sergei Karpukhin/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 13h50.

São Paulo - Líderes financeiros mundiais focarão em quatro maneiras de impulsionar o crescimento econômico quando se reunirem na próxima semana em Sydney, mas a discussão pode ser ofuscada pelas preocupações dos mercados emergentes com a política monetária dos Estados Unidos, disse uma autoridade do G20.

Ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias em desenvolvimento e avançadas do mundo discutirão quais mudanças às políticas fiscal e monetária e quais reformas estruturais podem fazer a economia mundial crescer mais rapidamente.

As quatro áreas de foco serão investimento, emprego, comércio e competição.

"Os ministros vão decidir em Sydney uma série de objetivos para alcançar crescimento forte, sustentável e equilibrado...e o grau de ambição que querem: se deve haver alguns resultados numéricos ou não", disse a autoridade, envolvida em preparativos para a reunião.

"Haveria uma série de cenários --se continuarmos com as atuais políticas vamos por esse caminho, se fizermos uma série de reforma estruturais e acabarmos com o déficit de produção mais rápido podemos adotar uma rota diferente etc.", completou.

As discussões podem ser complicadas por turbulências em mercados emergentes, que começaram em janeiro devido às preocupações de que o crescimento econômico na China seria mais lento do que o esperado e de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, apertaria a política mais rapidamente do que imaginado.

Conforme recursos deixavam os mercados emergentes, bancos centrais de Turquia, África do Sul e Índia elevaram as taxas de juros para conter a depreciação cambial que poderia levar a uma inflação mais alta.

As medidas de política não farão nada para ajudar o crescimento econômico nesses países.

"Se você quer ter investimento precisa de taxas de juros menores, mas se quiser manter o capital tem que elevar as taxas de juros --estão em um impasse", disse a autoridade do G20.

Embora os EUA tenham mantido sua mensagem sobre o ritmo em que está desacelerando a criação de dinheiro, a autoridade disse que alguns mercados emergentes os culpam por não comunicar de forma clara o suficiente suas intenções para impedir as vendas generalizadas.

Acompanhe tudo sobre:G20Países emergentes

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame