Economia

G20 admitirá uso de "instrumentos legítimos de defesa comercial"

O texto final deve ressaltar o apoio de todos os participantes, entre eles Estados Unidos, China e União Europeia, a um comércio internacional livre e justo

LÍDERES DO G20: chefes de estado posam para foto antes de concerto em Hamburgo  (Ludovic Marin/Reuters)

LÍDERES DO G20: chefes de estado posam para foto antes de concerto em Hamburgo (Ludovic Marin/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de julho de 2017 às 08h36.

Hamburgo -- Os países do G20 devem se mostrar a favor do livre comércio neste sábado, na declaração final da cúpula que os líderes realizam na cidade alemã de Hamburgo, e reconhecerão também o direito de utilizar "instrumentos legítimos de defesa comercial".

Segundo confirmaram à Agência Efe fontes das equipes negociadoras, as economias industrializadas e emergentes conseguiram fechar o texto em torno da questão comercial, um dos pontos mais controversos da reunião devido às precauções de Washington sobre o assunto.

O texto ressalta o apoio de todos os participantes, entre eles Estados Unidos, China e União Europeia (UE), a um comércio internacional livre e justo, defende os mercados abertos e condena o protecionismo discriminatório mediante tarifas ou regulamentos.

Além disso, no que se entende como uma cessão aos EUA, abre a porta para que um governo possa tomar medidas concretas, não especificadas no texto, para se proteger de práticas comerciais consideradas injustas.

No entanto, as equipes das diversas delegações ainda não estão de acordo na questão da mudança climática, onde não conseguiram limar as diferenças que persistem entre as diferentes posturas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, reconheceu na tarde de sexta-feira que os negociadores tinham um "grande trabalho pela frente" porque as conversações sobre comércio internacional eram "muito difíceis".

A virada dos EUA em matéria comercial desde a chegada de Donald Trump à presidência dificultou o consenso em torno deste ponto, que até o ano passado não tinha ocasionado controvérsias.

Merkel destacou também que os negociadores ainda tinham que estudar como se formulariam os diferentes critérios após a saída dos EUA do Acordo de Paris, o único instrumento global para combater a mudança climática.

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