Furnas já teria três interessados em Três Irmãos
Avança a iniciativa da estatal federal do setor elétrico de se livrar de seu sócio privado
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 08h27.
Brasília - Há pelo menos três interessados em comprar a parte do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos na sociedade com Furnas para assumir a concessão da Hidrelétrica Três Irmãos. Essa era a informação que circulava na quarta-feira, 23, nos bastidores. As tratativas, porém, ainda não estão concluídas.
Assim, avança a iniciativa da estatal federal do setor elétrico de se livrar de seu sócio privado, depois que este apareceu em documentos apreendidos pela Polícia Federal na operação Lava Jato, numa suposta sociedade com o doleiro Alberto Youssef. Nos bastidores, Furnas pressionou Leoni Ramos a deixar o negócio. O objetivo foi alcançado na semana passada.
Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, o empresário autorizou a venda de até 95% de suas cotas no negócio. Para tanto, deverá reivindicar alguma compensação financeira, segundo informações não oficiais. Assim, terminou uma parceria que poderia ter evoluído para outras concessões no setor elétrico.
O fundo Constantinopla, formado por quatro empresas pertencentes ao grupo de Leoni Ramos (GPI, Goldenbank, Cialo e Darjan), mais a gestora de recursos Cypress, foi selecionado por Furnas num processo de Chamada Pública para ser seu sócio nos leilões de concessões não renovadas após a edição do novo marco do setor elétrico.
Assim, além das usinas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), como é o caso de Três Irmãos, a sociedade poderia alcançar as concessões da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Peneira
Desse processo de seleção, que começou em julho do ano passado e terminou seis meses depois, participaram 16 candidatos.
"O FIP Constantinopla apresentou a Declaração de Compromisso de Investimentos de seus cotistas, comprovando a sua capacidade financeira.O fundo também apresentou todas as certidões e documentos em atendimento aos critérios de classificação", informou a estatal.
Alegando confidencialidade, Furnas não informou quais foram os demais concorrentes. Ontem, a Cypress informou que a composição do fundo segue inalterada.
Na segunda-feira, 30, termina o prazo, fixado no edital, para que os vencedores do leilão de Três Irmãos - no caso, Furnas e o fundo Constantinopla - apresentem documentação para análise da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os técnicos vão verificar, entre outras coisas, se as empresas têm pendências com a Receita Federal, ou se possuem patrimônio suficiente para assumir o negócio.
Troca
Caso a negociação para troca de sócios não esteja concluída até lá, é possível que os integrantes da composição original do consórcio cumpram essa formalidade.
É permitida a mudança posterior de cotistas. Mas, no caso, como as empresas de Leoni Ramos são líderes do consórcio, é necessário que essa substituição seja comunicada previamente à Aneel. No fim das contas, Furnas continuará sócia do fundo Constantinopla, mas este poderá ter outra composição.
A área técnica federal trabalha para evitar atrasos na assinatura do contrato, previsto para o final de agosto ou início de setembro. A ordem é "blindar" o processo de concessão de dois problemas: o sócio de Furnas enredado nas investigações da Polícia Federal e o jogo de empurra entre União e governo paulista sobre quem deve cuidar das eclusas e do canal da hidrelétrica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - Há pelo menos três interessados em comprar a parte do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos na sociedade com Furnas para assumir a concessão da Hidrelétrica Três Irmãos. Essa era a informação que circulava na quarta-feira, 23, nos bastidores. As tratativas, porém, ainda não estão concluídas.
Assim, avança a iniciativa da estatal federal do setor elétrico de se livrar de seu sócio privado, depois que este apareceu em documentos apreendidos pela Polícia Federal na operação Lava Jato, numa suposta sociedade com o doleiro Alberto Youssef. Nos bastidores, Furnas pressionou Leoni Ramos a deixar o negócio. O objetivo foi alcançado na semana passada.
Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, o empresário autorizou a venda de até 95% de suas cotas no negócio. Para tanto, deverá reivindicar alguma compensação financeira, segundo informações não oficiais. Assim, terminou uma parceria que poderia ter evoluído para outras concessões no setor elétrico.
O fundo Constantinopla, formado por quatro empresas pertencentes ao grupo de Leoni Ramos (GPI, Goldenbank, Cialo e Darjan), mais a gestora de recursos Cypress, foi selecionado por Furnas num processo de Chamada Pública para ser seu sócio nos leilões de concessões não renovadas após a edição do novo marco do setor elétrico.
Assim, além das usinas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), como é o caso de Três Irmãos, a sociedade poderia alcançar as concessões da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Peneira
Desse processo de seleção, que começou em julho do ano passado e terminou seis meses depois, participaram 16 candidatos.
"O FIP Constantinopla apresentou a Declaração de Compromisso de Investimentos de seus cotistas, comprovando a sua capacidade financeira.O fundo também apresentou todas as certidões e documentos em atendimento aos critérios de classificação", informou a estatal.
Alegando confidencialidade, Furnas não informou quais foram os demais concorrentes. Ontem, a Cypress informou que a composição do fundo segue inalterada.
Na segunda-feira, 30, termina o prazo, fixado no edital, para que os vencedores do leilão de Três Irmãos - no caso, Furnas e o fundo Constantinopla - apresentem documentação para análise da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os técnicos vão verificar, entre outras coisas, se as empresas têm pendências com a Receita Federal, ou se possuem patrimônio suficiente para assumir o negócio.
Troca
Caso a negociação para troca de sócios não esteja concluída até lá, é possível que os integrantes da composição original do consórcio cumpram essa formalidade.
É permitida a mudança posterior de cotistas. Mas, no caso, como as empresas de Leoni Ramos são líderes do consórcio, é necessário que essa substituição seja comunicada previamente à Aneel. No fim das contas, Furnas continuará sócia do fundo Constantinopla, mas este poderá ter outra composição.
A área técnica federal trabalha para evitar atrasos na assinatura do contrato, previsto para o final de agosto ou início de setembro. A ordem é "blindar" o processo de concessão de dois problemas: o sócio de Furnas enredado nas investigações da Polícia Federal e o jogo de empurra entre União e governo paulista sobre quem deve cuidar das eclusas e do canal da hidrelétrica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.