Economia

Furnas assina convênio com BID para reestruturar da empresa

O projeto pretende diminuir custos, aumentar a eficiência operacional e a competitividade de Furnas, segundo o presidente da empresa, Flavio Decat


	Substituição de poste pela Eletrobras: até o ano que vem, a mão de obra da empresa será reduzida em 35%, passando de 6.401 empregados para 4.174
 (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)

Substituição de poste pela Eletrobras: até o ano que vem, a mão de obra da empresa será reduzida em 35%, passando de 6.401 empregados para 4.174 (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 12h58.

Rio de Janeiro – A empresa Furnas, subsidiária do grupo Eletrobras, lançou hoje (17) o Projeto de Reestruturação Organizacional, batizado de PRO-Furnas. O ciclo de reestruturação organizacional terá apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto pretende diminuir custos, aumentar a eficiência operacional e a competitividade de Furnas, segundo o presidente da empresa, Flavio Decat.

O convênio com o banco, no valor de US$ 500 mil a fundo perdido, foi assinado na manhã de hoje em cerimônia na sede da empresa, na zona sul da cidade. O acordo terá duração de um ano e a nova estrutura começará a ser implementada no primeiro trimestre de 2013. A consultoria do projeto – com diagnóstico, elaboração e implantação - será feita pela multinacional Roland Berger Strategy Consultants, ganhadora do processo de licitação. Com a reestruturação, a direção de Furnas estima economia de aproximadamente 20% com custos até 2018.

"Furnas não estava e ainda não está preparada para um modelo que se instalou no país há muitos anos. Precisamos de uma gestão societária de qualidade. As empresas estatais têm amarras legais para sua expansão e precisávamos ter eficiência na expansão", disse Decat, ao explicar que a reestruturação irá promover um ajuste na cultura da empresa que " tem uma mesma estrutura e a mesma forma de trabalhar desde que a empresa nasceu há 55 anos."


O presidente da empresa ressaltou que outras medidas para cortar custos e aumentar a eficiência vêm sendo adotadas desde o ano passado, acarretando em várias mudanças, como extinções de órgãos internos e a implantação do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal, que prevê a demissão voluntária de empregados até julho de 2013 e admissão de funcionários por meio de concurso público. Cerca de 500 trabalhadores já se desligaram da empresa e está prevista a saída de mais de 1,3 mil terceirizados até dezembro de 2013.

Até o ano que vem, a mão de obra da empresa será reduzida em 35%, passando de 6.401 empregados para 4.174. Atualmente, a empresa tem 450 gerentes - um para cada nove funcionários.

De acordo com o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, as mudanças são positivas, mas a redução de pessoal não pode significar queda de investimento e crescimento. “Essa sistemática que será implantada em Furnas será feita olhando o Sistema Eletrobras como um todo. Findo este trabalho teremos uma organização ágil e enxuta (...) vamos tornar Furnas e o Sistema Eletrobras a maior empresa de energia elétrica do mundo até 2020.”

Criada em 1957 para gerenciar a construção da Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais, a empresa atua no segmento de geração e transmissão de energia em alta e extra-alta tensão no país.

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