Economia

Furacões devem afetar economia dos EUA no curto prazo, diz Fed

Os locais atingidos pelos furacões Harvey, Irma e Maria, que devastaram muitas comunidades, causando grandes estragos, deverão ser reconstruídos

EUA: os furacões Harvey, Irma e Maria devastaram muitas comunidades, causando grandes estragos (Carlos Barria/Reuters)

EUA: os furacões Harvey, Irma e Maria devastaram muitas comunidades, causando grandes estragos (Carlos Barria/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 16h15.

São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), indicou no comunicado em sua decisão de política monetária que os furacões Harvey, Irma e Maria devastaram muitas comunidades, causando grandes estragos, que junto com a consequente reconstrução desses locais deve afetar a atividade econômica no curto prazo.

"Experiências no passado sugerem que as tempestades não devem alterar de forma material o curso da economia nacional no médio prazo", segundo a nota.

Como consequência, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) continua a estimar, com ajustes graduais na política monetária, que a economia deva se expandir em ritmo moderado e que as condições do mercado de trabalho devem se fortalecer um pouco mais.

O aumento dos preços da gasolina após os furacões devem impulsionar a inflação de modo temporário. Ainda, os riscos no curto prazo para a perspectiva econômica parecem"mais ou menos" equilibrados", mas o Fomc segue monitorando o desenvolvimento da inflação.

Segundo o comunicado, a política monetária permanece acomodatícia, apoiando algum fortalecimento nas condições do mercado de trabalho e um retorno sustentado para uma inflação de 2%.

O mercado de trabalho continuou a se fortalecer e a economia têm crescido moderadamente até agora este ano. Os ganhos no trabalho permaneceram sólidos nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa.

Os gastos das famílias se expandiram em ritmo moderado e o crescimento nos investimentos fixos nos negócios cresceram nos últimos trimestres.

Em uma base de 12 meses, a inflação no geral e o núcleo da inflação diminuíram este ano e estão abaixo de 2%.

Ao determinar o momento e o nível dos ajustes futuros para a taxa dos fed funds, o comitê avaliará as condições econômicas percebidas e esperadas em relação a seus objetivos de máximo emprego e inflação em 2%.

Essa avaliação levará em conta uma série de informações, entre elas medidas do mercado de trabalho, indicadores de pressão inflacionária e expectativas de inflação, além de acontecimentos financeiros e internacionais.

O comitê irá monitorar cuidadosamente os acontecimentos reais e previstos para a inflação e as projeções para os preços em relação à meta simétrica de inflação.

O comitê espera que as condições econômicas evoluam de maneira a permitir uma elevação gradual dos juros; as taxas dos Fed funds devem, porém, seguir por um tempo em níveis abaixo dos que devem prevalecer no mais longo prazo, afirma o comunicado.

A trajetória atual dos juros, além disso, dependerá da perspectiva econômica, conforme for registrada nos dados por vir.

Em outubro, o comitê iniciará o programa de normalização do balanço, já descrito no adendo de junho de 2017 divulgado pelo Fed, lembrou o banco central, no comunicado de sua decisão tomada por unanimidade.

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