Economia

Fundação Lemann e Insper buscam os melhores cérebros em economia do país

Fundação Lemann e Insper criaram uma cátedra em economia aplicada que garante recursos para pesquisadores. Meta é ajudar a resolver os problemas do país

 (Prapass Pulsub/Getty Images)

(Prapass Pulsub/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 18h27.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 18h54.

A Fundação Lemann e o Insper estão em busca dos melhores pesquisadores em economia aplicada do Brasil. Para encontrá-los, eles criaram uma cátedra que prevê apoio financeiro da fundação a uma linha de pesquisa que vai reunir professores, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos que se dedicam a estudar e entender a área. 

As partes não revelam valores, mas o acordo garante investimentos durante sete anos de contrato na linha de pesquisa em economia aplicada e acesso a um intercâmbio internacional de conhecimento. Com isso, fomenta uma massa crítica de especialistas para ajudar a resolver os problemas do país.

O nome cátedra significa literalmente cadeira e é um conceito muito comum fora do Brasil. Um pesquisador e professor tem um contrato permanente com a instituição e chefia uma linha de pesquisa, coordenando mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos. O Insper tem cátedras em outras áreas do conhecimento e esta é específica em economia aplicada.

O escolhido para tocar a chamada Cátedra Fundação Lemann é o professor e pesquisador Rodrigo Soares. Ele foi eleito em 2020 fellow da Econometric Society, concedido aos maiores pesquisadores em economia no mundo. Desde 2016 estava na prestigiada Universidade Colúmbia, em Nova York, nos Estados Unidos.

O professor Rodrigo Soares explica que o trabalho dele tem o objetivo de fomentar a pesquisa no Brasil em temas econômicos relevantes, como saúde e mercado de trabalho. “A pesquisa vai além de um doutorado ou pós-doutorado, é um processo que precisa ser pensado para criar e interligar a academia à política e economia. Todo o ambiente está sendo criado”, diz.

“Ter a garantia de sete anos de trabalho é um ponto fundamental para a pesquisa e traz uma tranquilidade. Eu tenho consciência que é um luxo em termos de mercado este tipo de investimento. E ao mesmo tempo me dá uma responsabilidade muito grande de não decepcionar as partes envolvidas”, afirma o professor.

A Fundação Lemann já investe em outras cátedras em universidades pelo mundo, mas é a primeira vez que desenvolve um projeto como este no Brasil. 

“Nossos investimentos têm dois objetivos. O primeiro é garantir que a educação básica funcione. O outro é criar uma massa crítica para ajudar o Brasil a enfrentar os maiores problemas sociais. A gente acredita que quando tem um problema muito completo, como é da pandemia, da educação, da segurança pública, não adianta jogar um monte de dinheiro. Você precisa jogar os melhores cérebros”, diz Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.

Acompanhe tudo sobre:Faculdades e universidadesInsperJorge Paulo Lemann

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação