Economia

Financial Times destaca crescimento econômico do Brasil

País atingiu o sexto lugar de maior economia. O posto foi conquistado mesmo com o crescimento menor em 2011 para o segundo pior nível em quase uma década

"Se a crise global não tivesse piorado no segundo trimestre, nosso crescimento teria ficado perto de 4%", informou o ministro de Finanças, Guido Mantega (Ueslei Marcelino/Reuters)

"Se a crise global não tivesse piorado no segundo trimestre, nosso crescimento teria ficado perto de 4%", informou o ministro de Finanças, Guido Mantega (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 11h13.

São Paulo - O Brasil ultrapassou o Reino Unido como a sexta maior economia do mundo, informou hoje o Financial Times em sua edição online. Esse posto foi conquistado apesar de o crescimento do maior país da América Latina tenha desacelerado no ano passado para o segundo pior nível em quase uma década. O PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011, cerca de um terço da taxa de 2010 e o pior crescimento desde 2003. "Se a crise global não tivesse piorado no segundo trimestre, nosso crescimento teria ficado perto de 4%", informou o ministro de Finanças, Guido Mantega.

Com base em termos de preços de mercado e na média para o câmbio em 2011, a economia brasileira fechou o ano passado US$ 49,2 bilhões acima da economia do Reino Unido. "Esse é um movimento natural. O Brasil tem uma população maior, mais recursos naturais e indústria local forte", explicou o economista Tim Ohlenburg, do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios ao explicar os dados.

Segundo o FT, a desaceleração da economia brasileira reflete o movimento da atividade dos países em desenvolvimento. Na China, onde o PIB caiu de 10,3% em 2010, para 8,9% em 2011, o primeiro-ministro Wen Jiabao, afirmou ontem que a meta para 2012 é de 7,5%. Já a Índia, deve terminar o ano fiscal de 2011 em março com um crescimento de apenas 6,9%, comparado com as projeções anteriores de crescimento de 9% feitas pelo governo. O PIB da Rússia desacelerou para 3,9% em um ano em janeiro, comparado com a expansão de 4,3% para 2011 e para este ano o governo já prevê desaceleração para entre 3,6% a 4%.

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