Economia

França reduz previsão de crescimento em 2014

País alertou que vai precisar de mais tempo para baixar o seu déficit público


	Fábrica de tratores na França: em 2015, a economia deve ter alta de 1%
 (Jean-Francois Monier/AFP)

Fábrica de tratores na França: em 2015, a economia deve ter alta de 1% (Jean-Francois Monier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h49.

Paris - A França reduziu sua previsão de crescimento novamente na quarta-feira e avisou que vai precisar de mais tempo para baixar o seu déficit público.

O ministro das Finanças do país, Michel Sapin, disse a jornalistas que a segunda maior economia da zona do euro deve crescer apenas 0,4% em 2014, em comparação com a previsão de expansão de 0,5% apresentada apenas algumas semanas atrás.

Em 2015, a economia da França deve ter alta de 1%, contra uma previsão anterior de 1,7%, disse Sapin.

Ele admitiu que o déficit orçamentário da França deve responder por 4,4% da produção econômica em 2014, em vez de cair para 3,8%.

Uma série de cortes de gastos em 2015 deve ajudar o governo a reduzir o saldo negativo para 4,3% no próximo ano e abaixo de 3% em 2017, disse.

Sob a supervisão do presidente François Hollande, a França já negociou uma postergação de dois anos, de 2013 para 2015, para levar o déficit orçamentário para a meta de 3% do PIB, que é a proporção exigida pela União Europeia.

Os comentários de Sapin sugerem que o país pedirá autorização para mais um atraso.

"Nós não estamos pedindo qualquer mudança nas regras europeias, não estamos pedindo qualquer suspensão, ou por qualquer exceção a ser feita para a França ou qualquer outro país", disse Sapin.

"Estamos pedindo para que todos possam levar em conta a realidade econômica, o crescimento que está muito fraco e a inflação que está muito baixa", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDéficit públicoDesenvolvimento econômicoEuropaFrançaIndicadores econômicosPaíses ricosPIB

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto