Economia

França diz que está disposta a discutir com EUA o "futuro da OMC"

O governo do presidente americano Donald Trump critica a OMC, especialmente seu Sistema de Solução de Controvérsias

Diplomacia: no encontro dos dois líderes, Macron, "deixou muito claro que estamos dispostos a trabalhar no futuro do sistema comercial" (Jonathan Ernst/Reuters)

Diplomacia: no encontro dos dois líderes, Macron, "deixou muito claro que estamos dispostos a trabalhar no futuro do sistema comercial" (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de abril de 2018 às 09h10.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 09h13.

A França está disposta a conversar com os Estados Unidos o futuro da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o ministro da Economia, Bruno Le Maire, com a advertência de que Washington deve primeiro isentar a União Europeia das tarifas sobre o aço e o alumínio.

"Estamos dispostos a dialogar com nossos amigos americanos sobre o futuro da OMC, sobre suas melhorias e sobre o sistema comercial multilateral em seu conjunto", afirmou Le Maire antes de uma reunião de ministros europeus em Sofia.

O governo do presidente americano Donald Trump critica a OMC, especialmente seu Sistema de Solução de Controvérsias, assim como já fez com a ONU e a Otan.

Em sua recente visita a Washington, o presidente francês, Emmanuel Macron, "deixou muito claro que estamos dispostos a trabalhar no futuro do sistema comercial porque temos que construir um novo sistema multilateral no que diz respeito ao comércio", afirmou Le Maire.

"mas também deixou muito claro que queremos uma isenção das pesadas tarifas de 25% às exportações de aço aos Estados Unidos e de 10% das exportações de alumínio, completou Le Maire, para quem a UE não dever ser o "dano colateral de uma possível guerra entre Estados Unidos e China".

Trump anunciou em março as tarifas de 25% para as importações de aço e de 10% para o alumínio, ao acusar os sócios comerciais de práticas desleais. Pouco depois, no entanto, suspendeu a decisão final para alguns sócios, incluindo a UE, para o dia 1 de maio.

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