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França confia em crescimento de 0,1% em 2013

A previsão é otimista diante das previsões do FMI, que anunciam uma recessão no país

Pierre Moscovici: "a França se nega a acrescentar austeridade à recessão. A austeridade não é uma opção, a combatemos em escala europeia desde o primeiro dia", disse (AFP/ John Thys)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 12h23.

Paris - O governo francês manteve nesta quarta-feira sua previsão de crescimento de 0,1% neste ano e a vontade de não aplicar novos ajustes, apesar das previsões do FMI e de alguns institutos anunciarem uma recessão.

O Executivo francês, que tinha abandonado o objetivo de cumprir com o limite europeu de déficit de 3% do Produto Interno Brutno (PIB) em 2013 para evitar um efeito recessivo, afirmou que neste ano ficará em 3,7% e que no próximo caírá para 2,9%, segundo o programa de estabilidade que vai ser negociado com a Comissão Europeia (CE).

"Não faremos nenhum esforço orçamentário suplementar em 2013 a mais do comprometido e considerável de 30 bilhões de euros", disse o titular de Finanças, Pierre Moscovici, que cobrou a Alemanha para que inicie medidas que reativem a atividade na União Europeia (UE).

"A França se nega a acrescentar austeridade à recessão. A austeridade não é uma opção, a combatemos em escala europeia desde o primeiro dia. Por isso, os países com excedentes devem contribuir para o crescimento e vamos dizer isso aos nossos amigos alemães", disse Moscovici em entrevista publicada nesta quarta no "Le Monde".

As declarações foram feitas pouco antes da apresentação, no Conselho de Ministros, das previsões econômicas do Executivo.


O ministro francês advertiu que a UE "enfrenta um movimento de euro-ceticismo e inclusive de rejeição", e em alusão às diferenças com a Alemanha, afirmou que "a Europa não tem de ser um castigo, um sofrimento. Deve abrir perspectivas e estar à altura do ideal que representa".

De acordo com as projeções apresentadas na reunião ministerial de hoje, o Produto Interno Bruto da França progredirá 1,2% em 2014 e alcançará uma cadência de 2% a partir de 2015.

Isso conflita com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicadas ontem, que corrigiu para baixo seus próprios cálculos sobre a economia francesa, já que estima que o PIB cairá 0,1% neste ano e só recuperará 0,9% no próximo.

Para o Governo francês, com o crescimento que espera, a dívida pública seguirá aumentando de 90,2% do PIB em 2012 a 93,6% em 2013, antes de tocar teto em 2014 com um recorde de 94,3%, para diminuir a 92,5% em 2015.

Com relação ao desemprego, o Executivo considera alcançável a meta fixada pelo presidente socialista, François Hollande, de inverter a curva ascendente antes de finais de ano, concretamente a partir do quarto trimestre.

A taxa de desemprego, que tinha subido até 10,6% no quarto trimestre de 2012, segundo o FMI aumentará a 11,2% em 2013 e inclusive a 11,6% em 2014. EFE

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Paris - O governo francês manteve nesta quarta-feira sua previsão de crescimento de 0,1% neste ano e a vontade de não aplicar novos ajustes, apesar das previsões do FMI e de alguns institutos anunciarem uma recessão.

O Executivo francês, que tinha abandonado o objetivo de cumprir com o limite europeu de déficit de 3% do Produto Interno Brutno (PIB) em 2013 para evitar um efeito recessivo, afirmou que neste ano ficará em 3,7% e que no próximo caírá para 2,9%, segundo o programa de estabilidade que vai ser negociado com a Comissão Europeia (CE).

"Não faremos nenhum esforço orçamentário suplementar em 2013 a mais do comprometido e considerável de 30 bilhões de euros", disse o titular de Finanças, Pierre Moscovici, que cobrou a Alemanha para que inicie medidas que reativem a atividade na União Europeia (UE).

"A França se nega a acrescentar austeridade à recessão. A austeridade não é uma opção, a combatemos em escala europeia desde o primeiro dia. Por isso, os países com excedentes devem contribuir para o crescimento e vamos dizer isso aos nossos amigos alemães", disse Moscovici em entrevista publicada nesta quarta no "Le Monde".

As declarações foram feitas pouco antes da apresentação, no Conselho de Ministros, das previsões econômicas do Executivo.


O ministro francês advertiu que a UE "enfrenta um movimento de euro-ceticismo e inclusive de rejeição", e em alusão às diferenças com a Alemanha, afirmou que "a Europa não tem de ser um castigo, um sofrimento. Deve abrir perspectivas e estar à altura do ideal que representa".

De acordo com as projeções apresentadas na reunião ministerial de hoje, o Produto Interno Bruto da França progredirá 1,2% em 2014 e alcançará uma cadência de 2% a partir de 2015.

Isso conflita com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicadas ontem, que corrigiu para baixo seus próprios cálculos sobre a economia francesa, já que estima que o PIB cairá 0,1% neste ano e só recuperará 0,9% no próximo.

Para o Governo francês, com o crescimento que espera, a dívida pública seguirá aumentando de 90,2% do PIB em 2012 a 93,6% em 2013, antes de tocar teto em 2014 com um recorde de 94,3%, para diminuir a 92,5% em 2015.

Com relação ao desemprego, o Executivo considera alcançável a meta fixada pelo presidente socialista, François Hollande, de inverter a curva ascendente antes de finais de ano, concretamente a partir do quarto trimestre.

A taxa de desemprego, que tinha subido até 10,6% no quarto trimestre de 2012, segundo o FMI aumentará a 11,2% em 2013 e inclusive a 11,6% em 2014. EFE

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