Economia

Fórum: os muitos problemas da AL

A partir desta quarta-feira os muitos problemas econômicos da América Latina devem ser expostos na Argentina, onde será realizada uma versão regional do Fórum Econômico Mundial até a próxima sexta-feira. Líderes empresariais e políticos se reunirão em Buenos Aires para analisar as tentativas dos governos de adaptar as políticas monetária e fiscal a um ambiente […]

MAURICIO MACRI: representantes da América Latina se reúnem na Argentina a partir desta quarta-feira / Miguel Schincariol / Getty Images (Miguel Schincariol/Getty Images)

MAURICIO MACRI: representantes da América Latina se reúnem na Argentina a partir desta quarta-feira / Miguel Schincariol / Getty Images (Miguel Schincariol/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2017 às 06h23.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

A partir desta quarta-feira os muitos problemas econômicos da América Latina devem ser expostos na Argentina, onde será realizada uma versão regional do Fórum Econômico Mundial até a próxima sexta-feira. Líderes empresariais e políticos se reunirão em Buenos Aires para analisar as tentativas dos governos de adaptar as políticas monetária e fiscal a um ambiente de crescimento mais lento, introduzindo reformas estruturais para atrair o investimento necessário e melhorar a competitividade.

As previsões são de que a América Latina tenha um crescimento econômico modesto, após dois anos seguidos de retração. Enquanto a economia mundial deve crescer 3,4% em 2017 e 3,6% em 2018, o crescimento esperado para a região é de apáticos 1,2% em 2017 e 2,1% em 2018, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional. O crescimento deste ano deve ser ofuscado pela inflação ainda alta.

A própria Argentina proporcionará uma lente interessante para examinar os desafios da região, já que o governo do presidente Mauricio Macri luta contra o complicado legado do governo anterior. No Peru, após a descoberta de escândalos envolvendo a empreiteira Odebrecht, o governo reduziu a estimativa do PIB para 2017 em um ponto percentual (para 3,8%) — por conta do atraso em obras em que a companhia estava envolvida.

O caos venezuelano tem estampado diariamente as páginas dos jornais com confrontos políticos e um desastre econômico que provocou a escassez de alimentos, remédios e mais recentemente até mesmo gasolina (em um país rico em recursos petrolíferos). Já o México vive ameaçado pelas políticas do novo presidente americano, Donald Trump. No Brasil, os sinais de uma retomada ainda são lento e as previsões são de um avanço de 0,5% em 2017.

Em um evento nesta terça-feira em São Paulo o economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento, José Juan Ruiz, disse que a heterogeneidade da América Latina é uma ameaça a um crescimento mais consolidado, especialmente pela falta de conexão entre os países latino-americanos e devido à ausência de políticas e acordos comerciais conjuntos. O encontro que se inicia nesta quarta-feira será a chance de discutir e entender melhor a complexidade da região. Uma comitiva brasileira já está no país, juntamente com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Economia

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame